O Ceará quer fazer negócios com a Argentina


Missão Comercial impulsiona negócios entre Ceará e Argentina

A Fecomércio Ceará deu o primeiro passo para a construção de uma relação comercial duradoura entre o Ceará e a Argentina. Assim definiu o presidente da Instituição, Maurício Filizola, ao abrir, na manhã de quinta-feira, 25, a primeira Missão Comercial Argentina-Ceará. O evento faz parte do calendário de atividades da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Argentina–Ceará, instalada na sede da Fecomércio em novembro de 2018.
O objetivo da Missão Comercial foi de promover a interação entre empresários e organizações dos dois países, com foco em gerar novos negócios e também em estreitar laços institucionais. “Estamos aqui para ajudar nessa construção, criar um ambiente de negócios duradouro”, reforçou Maurício Filizola.
A missão reuniu nove empresas argentinas de vinhos, azeites e alimentos orgânicos para se apresentarem a 14 empresários brasileiros, dentre eles o empresário Severino Neto, presidente dos Mercadinhos São Luiz. Foram as chamadas rodadas de negociação. Segundo o presidente do Sistema Fecomércio, esse foi um momento de aprendizado para que os empresários cearenses conheçam mais sobre o mercado argentino e se sintam confiantes em exportar os produtos do país vizinho.
O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Argentina–Ceará, o empresário Cesar Roma, afirma que ainda existem muitas dúvidas dos empresários cearenses sobre a exportação de produtos, principalmente se são vantajosos para o mercado local. Por isso, destaca que esse evento foi importante para a troca de informações e para esclarecer dúvidas.
Segundo ele, na próxima Missão Comercial, será a vez dos empresários cearenses mostrarem nossos produtos aos argentinos, principalmente os produtos regionais, como a cajuína, por exemplo. “Dessa forma eles analisam o que é de interesse para eles e nós vamos ficar sabendo o que os empresários argentinos podem nos oferecer de produtos”, resume.
O Cônsul Geral da Argentina no Nordeste, Alejandro Funes Lastra, esclareceu que esse primeiro compromisso é para aproximar os empresários de ambos países. “Acreditamos que esse primeiro passo não tem que necessariamente fechar negócios, mas começar a nos conhecer, sabendo quais são os benefícios, vantagens e competitividade dos produtos do Ceará e da Argentina”, pontuou.
De acordo com o cônsul, com a continuação do trabalho que vem sendo realizado através da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Argentina–Ceará a médio ou a longo prazo, deverá surgir um grande fluxo comercial entre o Nordeste do Brasil e a Argentina.
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Eduardo Neves, assegurou que a Adece está à disposição para apoiar essa iniciativa. De acordo com ele, o Governo do Estado está sempre atento às novas e boas oportunidades para o Ceará, que, segundo ele, conta com uma boa logística para o crescimento de exportação e importação, citando como exemplo o Hub aéreo e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Câmara Argentina-Ceará de Comércio, Indústria e Turismo
Durante a missão, também aconteceu a assembleia de instalação da Câmara Argentina-Ceará de Comércio, Indústria e Turismo. A reunião, que contou com a participação de representantes do empresariado cearense e autoridades argentinas, teve o objetivo de oficializar a criação da câmara bilateral e a nomeação da diretoria. A ata de instalação e o estatuto foram assinados pelo Embaixador em exercício da República Argentina no Brasil, o ministro Rodrigo Bardoneschi, o presidente do Sistema Fecomércio Ceará, Maurício Filizola, e o presidente empossado da câmara, Cesar Roma.
Rodrigo Bardoneschi frisou a importância de estreitar laços com o Ceará nesse momento: “Essa aproximação com o Nordeste brasileiro é uma prioridade para nós agora. Acabamos de assinar um acordo com a União Europeia, que vai ser muito benéfico para nós, e o Ceará é muito importante nesse contexto, porque tem uma localização geográfica privilegiada”.
Em sua fala, Maurício Filizola destacou o papel da Federação: “Aqui, nós temos o compromisso de trazer oportunidades para os nossos empresários, e o que esperamos é poder facilitar isso para as empresas cearenses e também para as argentinas. Que seja um caminho de amizade, respeito e compromisso, e que possamos estar marcando a história do comércio no Ceará”, completou.
Estiveram presentes ainda no evento o Adido Comercial do Consulado da República Argentina em Recife, Dario Daniel Busto e o presidente da Câmara de Comércio Exterior da Adece, Marcos Pompeu.

Isso vai parar no Supremo. Ou no lixo?

Bolsonaro ataca presidente da OAB e diz saber como pai dele desapareceu na ditadura

Ao reclamar sobre a atuação da OAB na investigação do caso de Adélio Bispo, autor do atentado à faca do qual foi alvo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que poderia explicar ao presidente do órgão, Felipe Santa Cruz, como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar.
“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele. Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar nas conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco e veio desaparecer no Rio de Janeiro”, disse o presidente.
Reprodução
Felipe é filho de Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, desaparecido em fevereiro de 1974, depois de ter sido preso junto de um amigo chamado Eduardo Collier por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro.
Fernando era estudante de direito e funcionário do Departamento de Águas e Energia Elétrica em São Paulo e integrante da Ação Popular Marxista-Leninista. Felipe tinha 2 anos quando o pai desapareceu.
No relatório da Comissão da Verdade, responsável por investigar casos de mortos e desaparecidos na ditadura, não há registro de que Fernando tenha participado de luta armada.
O documento, inclusive, ressalta que Fernando à época do seu desaparecimento “tinha emprego e endereço fixos e, portanto, não estava clandestino ou foragido dos órgãos de segurança”.
Ainda sobre o caso de Adélio, Bolsonaro disse que ele “se deu mal”.
“Adélio se deu mal. Eu não recorri porque se recorresse ele seria julgado não por homicídio, mas tentativa de homicídio, em um ano e meio ou dois estaria na rua. Como não recorri, agora é maluco o resto da vida. Vai ficar num manicômio judicial, é uma prisão perpétua. Já fiquei sabendo que está aloprando por lá. Abre a boca, pô”, afirmou.
Sem manifestações de Bolsonaro e do Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais, a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora encerrou o caso.
Bolsonaro foi intimado no dia 28 de junho sobre a decisão e não recorreu. O MPF, no dia 17 daquele mês. O prazo para recursos se esgotou em 12 de julho.
Na decisão, o juiz responsável diz que a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal não deixa dúvidas sobre a autoria do crime. Mas, como o réu tem transtorno mental e é considerado inimputável, o magistrado decidiu pela absolvição imprópria (quando uma pessoa é declarada culpada por um delito, mas não tinha capacidade de entender o que estava fazendo quando cometeu o ato) e internação por medida de segurança.
Segundo a Lei de Execuções Penais, nesses casos o preso deve ser encaminhado a hospitais de custódia para receber tratamento psiquiátrico. O juiz, porém, optou por manter Adélio no presídio federal de Campo Grande. Medidas de segurança não têm prazo determinado, e o preso depende da alta de um médico para que seja liberado.

Capa do jornal OEstadoCe


Coluna do blog


A propósito da foto de ontem
No Ceará, a imagem de satélite da cobertura vegetal indica que praticamente todo o estado já enfrenta seca, de moderada a grave. Somente na Costa Norte e em parte do noroeste do estado, a vegetação está verde, indicando ausência de seca. O mapa da umidade dos solos no Ceará mostra um percentual abaixo de 15%, considerado muito baixo. Um total de 17% dos municípios cearenses encontra-se em situação de emergência, em função do registro de seca ou estiagem. São 27 municípios tidos como em seca e outros cinco em estado de estiagem. Concluindo: O mapeamento da seca e da umidade dos solos, feito com dados de satélites, permite monitorar com precisão quais são os municípios atingidos pelo fenômeno atualmente. Os mapas de satélites da cobertura vegetal e da umidade dos solos no Semiárido brasileiro mostram que a seca e a estiagem já se alastraram em grande parte da região. Além de queda, coice.

A frase:"Vendo a si mesmo como juiz, advogado, procurador, ministro que controla a polícia e profeta de um novo tempo, Moro, por um lado, perde a conexão com a realidade e, por outro, reforça a realidade paralela daqueles que o veem como salvador". Leonardo Sakamoto

O IJF está lotado (Nota da foto)
Acidentes de moto são responsáveis por 86% das indenizações do DPVAT, aponta pesquisa.Quem vai à emergência de qualquer hospital, aqui ou no resto do país, vai ver essa realidade: motoqueiros morrem como moscas.E o preço é alto pra nação.

Luizão o iluminado
Luiz Marques, daquele tamanhão, veio ao mundo, desde Tauá, pra servir. É provedor da Santa Casa de Fortaleza. De tão generoso é atendido.

Pidão
Quase tudo que pede, o querido Luiz Marques consegue. Falta alguém bolar pra ele, empresas que apadrinhem a SAnta Casa, como apadrinham praças e canteiros na cidade.

Seria assim...
Uma empresa não pode bancar a SAnta Casa, claro, mas pode apadrinhar um serviço.Exemplo: Uma mega indústria toma de conta do setor de urologia.

Faz...
Equipa, atualiza e protege. O SUS e demais órgãos que pagam as consultas e os procedimentos bancam os serviços. Fica leve e ajuda o trabalho do Luizão.

Imitando o pioneiro
Autorizado pelo Confaz, o Rio de Janeiro vai reduzir de 12% para 7% a alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação, para atrair novos voos.Tudo começou no Ceará.

A casa dele
Bolsonaro afirmou que suspeitos de crime têm que ser “mandados para fora do Brasil”. “Eu não sou xenófobo, mas na minha casa, entra quem eu quero. E a minha casa, no momento, é o Brasil”.

Camilo avalia
O governador Camilo Santana deverá avaliar o artigo 18 da Lei da Controladoria, que trata do afastamento de policiais que trocaram tiros com criminosos.

Segundo o Capitão
A informação é do deputado federal Capitão Wagner (Pros), após reunião com Camilo, no Palácio da Abolição.

Pediu a mão, quer o pé
O parlamentar levou para o governador uma pauta de reivindicações dos agentes da segurança pública do Estado, que solicita, inclusive, a extinção da própria Controladoria Geral de Disciplina, além da realização de concursos públicos na área.

Bom dia

Fora aqueles que justificam sua própria miséria na miséria alheia, por favor, todos os demais, queiram aceitar o meu bom dia.

Dia dos Avós


Dimenstein: o texto mais lindo e emocionante para ler no dia de hoje

A escritora Rachel de Queiroz nos faz lembrar o que é verdadeiramente essencial na vida

Por: Gilberto Dimenstein |
Num momento de tanta intolerância, ódios e desafetos que estamos vivemos, eu resolvi mudar hoje de assunto e celebrar o Dia dos Avós.
Por mais que eu tente traduzir minha emoção de ser avô, jamais conseguiria, nem remotamente, superar esse texto da escritora Rachel de Queiroz.
O Dia dos Avós é comemorado no Brasil e em Portugal
Ela nos faz lembrar o que é verdadeiramente essencial na vida.

“O neto é, realmente, o sangue do seu sangue.

Com a idade chega a saudade de alguma coisa que você tinha e que lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Meu Deus, para onde foram as crianças? Transformaram-se naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações. Você não encontra de modo algum suas crianças perdidas.
São homens e mulheres, não são mais aqueles que você recorda.

E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe coloca nos braços um bebê. Completamente grátis.

Sem dores, sem choro, aquela criancinha da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade, longe de ser um estranho, é um filho seu que é devolvido.

E o espanto é que todos lhe reconhecem o direito de o amar com extravagância.

Tenho certeza de que a vida nos dá netos para compensar de todas as perdas trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vem ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.

E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre o olho e diz:

“Vô!”, seu coração estala de felicidade, como pão no forno!”
Rachel de Queiroz


Opinião

Com ataque a Glenn, Bolsonaro afasta farra do helicóptero das manchetes

Leonardo Sakamoto
28/07/2019 10h54
Foto: Adriano Machado/Reuters
Bolsonaro, em mais um dia de fúria, insinuou que o jornalista Glenn Greenwald poderia ser preso e afirmou que o responsável pelo The Intercept Brasil se casou com o hoje deputado federal David Miranda e, juntos, adotaram duas crianças brasileiras para evitar sua deportação por crimes futuros. O site vem divulgando diálogos que mostraram o ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, orientando procuradores da força tarefa da Lava Jato, o que é proibido por lei.
"Malandro, malandro, para evitar um problema desse [deportação de estrangeiros considerados perigosos], casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não", disse.
Não se sabe se essa era a intenção, mas a aberração dita pelo presidente teve o efeito colateral de afastar do foco do debate público e das manchetes dos principais veículos de comunicação o fato dele ter achado normal usar um helicóptero da Força Aérea Brasileira para transportar parentes e amigos para o casamento do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro – o mesmo que está sendo indicado para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos simplesmente por ser seu filho.
Após reagir de forma agressiva a uma repórter da Folha de S.Paulo que tratou do tema, na sexta, e abandonar a coletiva à imprensa, ele disse, no dia seguinte, que viaja sempre com dois helicópteros e não viu problemas em dar carona em um deles. "Eu vou negar o helicóptero a ir para lá e mandar ir de carro? Não gastei nada do que já ia gastar". Lembrando que não foi ele quem gastou, mas os cofres públicos. Repete dessa forma outros políticos tradicionais, da esquerda à direita, que usaram o transporte a quem têm direito como autoridades para interesses privados de terceiros.