Bom dia

 Foliões pagam para usar banheiro e até para fazer xixi no chão durante bloco em Recife

"Entra ano e sai ano, mas o problema dos banheiros no Galo continua." A reclamação é de Tarciana Alves e Ana Beatriz, primas que todo Carnaval brincam o Galo da Madrugada juntas. Elas estavam na fila de um dos muitos banheiros pagos localizados ao longo do percurso do bloco, no Recife.
A placa acima da entrada do pequeno espaço indicava R$ 2 para uso do banheiro e R$ 5 para quem quisesse usar o chuveiro. Mas os preços variam de acordo com o local e estrutura, ficando em média de R$ 2 a R$ 4.
Confira tudo sobre o Carnaval pelo país Aberto desde às 5h, o espaço localizado atrás da praça Sérgio Loreto, onde fica a sede do Galo da Madrugada, só vai fechar no fim da tarde. "É uma forma de movimentar o rendimento todo ano. Esse ano achei o Galo mais cheio, não para de passar gente atrás dos trios e de vir para cá usar o banheiro e o chuveiro", relata a comerciante Ana.
"Tem muito pouco banheiro químico. Eu mesma só vi ali perto do metrô. O jeito é pagar para poder ir no banheiro porque não queremos usar a rua. Está tudo lindo no Galo, mas realmente estrutura sanitária deixa muito a desejar", finaliza Tarciana.
Mesmo quem não tem banheiro na região do Carnaval lucrou com o problema. Uma ambulante montou uma tenda, na calçada, onde as pessoas pagavam R$ 2 para fazer xixi no chão (mas protegidas dos olhares alheios). Já no final da tarde, com o Galo da Madrugada chegando ao fim e muitos foliões indo embora, a dona da barraca, que também passou o dia comercializando bebida, liberou o uso antes de desmontá-la por completo. "Tem que ajudar o pessoal", resumiu ela.
Outros não se fizeram de rogado, e não foram poucos os flagrados se aliviando nas esquinas.
Procurada, a Prefeitura de Recife afirmou que a responsabilidade pelos banheiros químicos é da organização do Galo, que não respondeu até a publicação deste texto.
HOMENAGEM AO REI DO BREGA
Às 9h em ponto os fogos de artifícios marcaram a saída do primeiro trio do desfile do Galo da Madrugada. Pelo 45º ano, foliões lotam as ruas do Centro do Recife para reverenciar este que é o maior símbolo do Carnaval local.
Em 2024 a organização decidiu homenagear Reginaldo Rossi, icônico cantor de brega romântico, morto há uma década, com o tema "Reginaldo Rossi no Reinado do Frevo". As 6 alegorias e 30 trios elétricos seguiram do histórico Forte das Cinco Pontas até a Praça da República, atravessando pontes sob o sol de 30ºC -mas sensação térmica de 36°C-, em um percurso de 6,5 km.
Artistas locais e nacionais integraram a programação do desfile. Dentre eles grandes nomes do frevo, como Elba Ramalho, Maestro Spok, André Rio e Nena Queiroga, junto a Vanessa da Mata, Gaby Amarantos, Michel Teló e Marcelo Falcão, entre muitos outros convidados.
Considerado o maior bloco de Carnaval do mundo, a expectativa do Galo este ano é de reunir 2,5 milhões de pessoas novamente, marca recorde alcançada ano passado.
Lá o cheiro que fica não muda nada do original.
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O dia

 


Pois o domingo de carnaval começa debaixo d'água. E com o pau quebrando no céu. É trovão pra medroso nenhum botar defeito. Lembre; se vc ouviu o trovão, não morreu do raio.

O dia

Pra quem gosta de acordar cedo Tai um bom prato. Agorinha choveu com ventania. A novidade é recado do empresário Chiquinho Feitosa: Estou me preparando para ser candidato a senador em 2026. Viu aí?
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Do jornal português Diário de Noticias

 Isso está na imprensa da Europa

Bolsonaro pode ter pena de 23 anos
Ex-presidente, aliados e generais são investigados pela polícia por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado de direito e organização criminosa
“A prática de crimes contra a democracia e de associação criminosa”, que Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal, viu como comprovadas na decisão que levou à operação deflagrada na quinta-feira contra Jair Bolsonaro e aliados pode resultar numa pena máxima de 23 anos.
A tentativa de golpe de Estado, o crime mais grave enunciado pelo juiz, prevê penas de quatro a 12 anos, além de punição correspondente à violência empregada para a busca da tomada de poder. Outro delito citado é o de abolição violenta do Estado democrático de direito, cuja punição é de quatro a oito anos. E o magistrado refere ainda o crime de associação criminosa punível de um a três anos de cadeia.
As penas estão de acordo com legislação aprovada no Congresso brasileiro em 2021 e assinada, curiosamente, por Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno, ministros de Bolsonaro suspeitos de tentarem o tal golpe.
Bolsonaro, aqueles ministros, dois generais e mais cerca de 30 aliados do presidente do Brasil de 2019 a 2023 são acusados de tentar um golpe de estado após a derrota nas eleições de 2022 para Lula da Silva.
Segundo vídeos e mensagens captadas e divulgadas pela polícia, o ex-presidente chegou a analisar, corrigir e aprovar uma minuta com as justificações para a execução do golpe de Estado.
Aquela “minuta do golpe”, como é chamada pela polícia, previa a prisão de dois juízes do STF, o próprio Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e a realização de novas eleições. Filipe Martins, então assessor de Bolsonaro para Assuntos Institucionais da Presidência, famoso por ter feito gesto supremacista branco numa audiência no Senado, e o advogado Amauri Saad foram os autores do texto inicial. O primeiro foi preso e o segundo alvo de busca e apreensão, ao longo da quinta-feira.
Mensagens na posse da polícia sinalizam, segundo a operação, “que o então presidente Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do general Estevam Theophilo (...), demonstrando que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”.
As mensagens mostram que houve acordos para a realização de reuniões com integrantes civis do governo e das Forças Armadas “para a finalidade”, segundo a decisão do STF, “de planear e executar ações voltadas a direcionar e financiar as manifestações que pregavam um golpe militar, com a finalidade de manter o então presidente da República no poder”.
No dia 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula, apoiantes de Bolsonaro invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Os outros três presos na Tempus Veritatis, que significa em latim “Hora da Verdade”, são um major e dois coronéis, entre os quais, Marcelo Câmara, auxiliar de Bolsonaro já envolvido no caso nos escândalos do roubo das joias oferecidas pelo governo da Arábia Saudita e da falsificação do cartão de vacinação do presidente.
Inicialmente, a operação pressupunha apenas busca e apreensão à casa de Valdemar da Costa Neto, o presidente do PL, partido de Bolsonaro. Mas Neto, que já cumpriu pena de prisão no Escândalo do Mensalão, acabou detido por posse ilegal de arma.
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PF vê Bolsonaro "na cena do crime" e quer concluir inquérito sobre tentativa de golpe até junho

 Para os investigadores, o vídeo em que Bolsonaro aparece dando comandos e ordens para os ministros do seu governo o coloca no centro da trama golpista

A despeito da estratégia adotada por aliados de Jair Bolsonaro (PL) visando blindá-lo de participação nas tratativas para um golpe de Estado, a Polícia Federal (PF) avalia que ele está na “cena do crime” e espera concluir o inquérito sobre a intentona golpista do dia 8 de janeiro de 2023 até junho deste ano.
Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, a transcrição dos vídeos divulgados no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF na quinta-feira (😎 e que teve militares, ex-ministros e assessores, além do próprio Bolsonaro como alvos, derrubam a versão de que o ex-mandatário não participou da trama golpista.
“Para a PF, não é possível adotar essa estratégia no caso da tentativa de golpe por um fato simples: Bolsonaro está na cena do crime e, gravado, dá o comando e ordens para seus ministros - que, de forma chocante, não reagem. Pelo menos nos trechos divulgados até aqui”, ressalta a reportagem.
Ainda segundo Sadi, no círculo bolsonarista, a atmosfera é de derrota, pois a estratégia de terceirizar responsabilidades para subordinados não se sustenta quando o próprio Bolsonaro é flagrado conduzindo o roteiro para "virar a mesa", como disse o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, em um trecho do vídeo divulgado.
Com o avanço das investigações, a PF planeja encerrar esta fase do caso até o meio do ano. Entre os convocados para depor sobre o caso estão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, além dos ex-ministros e generais Walter Braga Neto e Augusto Heleno, entre outros.
Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada com a PF, será chamado novamente para esclarecer detalhes do vídeo. Os investigadores também querem determinar se o material foi gravado com o conhecimento e aval de Bolsonaro ou se a iniciativa foi um ato isolado do próprio Cid.
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