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Nunes Marques provocou descontentamento no STF ao suspender julgamento de Zambelli

Parlamentar é acusada de perseguir um homem com uma arma em punho em São Paulo
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou descontentamento nos bastidores da Corte ao suspender o julgamento da deputada Carla Zambelli (PL-SP), informou a colunista Raquel Landim, do UOL.
“A percepção dentro da Corte é a de que ele não teria feito isso se não fosse o julgamento de Jair Bolsonaro, porque a minha sensação, antes do pedido de vista do ministro, era que a Carla Zambelli estava abandonada até pelo bolsonarismo”, afirmou a colunista. “[Sabe-se que a decisão de Nunes Marques] causou descontentamento nos bastidores do tribunal. Não foi à toa que o ministro [Cristiano] Zanin, apesar do pedido de vista do Kassio Nunes Marques, antecipou o seu voto.”
Mesmo com o pedido de suspensão do julgamento, o ministro Cristiano Zanin optou por adiantar seu voto, ampliando para 5 a 0 o placar a favor da condenação de Zambelli. Antes da interrupção, quatro ministros já haviam votado para aplicar a pena de 5 anos e 3 meses de prisão.
A parlamentar é acusada de perseguir um homem com uma arma em punho em São Paulo, podendo ser condenada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O caso ocorreu em 2022, às vésperas do segundo turno do pleito eleitoral.

Tudo nesta vida tem troco


Governo Lula faz ofensiva contra assinaturas no PL da Anistia

Parlamentares da base que têm cargos em diferentes escalões no governo podem perder seus assentos.
- Integrantes do governo Lula (PT) iniciaram uma investida estratégica junto aos mais de 100 deputados da base governista que assinaram a proposta de urgência para a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A proposta, que visa isentar de punições aqueles que participaram da tentativa de golpe, gerou um forte movimento de oposição dentro do Palácio do Planalto, resultando em conversas diretas com lideranças dos partidos aliados que apoiaram a urgência do projeto, informa Bela Megale, do jornal O Globo. Em um momento de crescente tensão, ministros de Lula têm destacado que é "inconcebível" que parlamentares de partidos aliados, que ocupam cargos no governo em diversos escalões, apoiem a votação da urgência para um projeto que, segundo eles, poderia livrar de responsabilidades aqueles que não só tentaram derrubar o governo, mas também planejaram a morte do próprio presidente da República. As conversas visam reforçar as críticas e aumentar a pressão para que essas assinaturas sejam retiradas antes da votação.
O apoio de mais de 100 deputados da base a essa proposta gerou um ambiente de grande indignação no Planalto. Lideranças do PT defendem uma postura mais agressiva do governo, sugerindo que parlamentares que continuam apoiando a proposta de anistia correm o risco de perder seus cargos no primeiro, segundo e terceiro escalões da Esplanada. A pressão é particularmente voltada para aqueles que não têm uma ligação explícita com o bolsonarismo, mas que, ainda assim, se aliaram ao projeto. A estratégia do governo é retirar o maior número possível de apoios ao texto até a próxima semana, quando ocorrerá a reunião do colégio de líderes da Câmara, até agora marcada para 21 de abril. Neste encontro, o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, tem a intenção de colocar a urgência da anistia em pauta para votação no plenário. Com mais de 257 assinaturas já obtidas, o requerimento de urgência já superou o número mínimo necessário para ser discutido no plenário da Câmara. Segundo cálculos do PL, são 265 assinaturas, das quais mais de 115 vêm de deputados de partidos que fazem parte da base do governo Lula, como MDB, União Brasil, PP, PSD e Republicanos. Todos esses partidos, além de terem apoio no governo, controlam ministérios na Esplanada. Além disso, há também adesões de deputados de siglas que ocupam cargos em escalões menores no governo, como o Podemos, que indicou o presidente da Geap, a operadora de planos de saúde que atende servidores públicos, aposentados e seus familiare
Essa situação gerou uma nova onda de discussões dentro do governo Lula, que agora busca um equilíbrio entre a manutenção de sua base aliada e o fortalecimento da posição contra a anistia aos envolvidos nos ataques ao Congresso e à sede dos Três Poderes.

Capa do jornal OEstadoCe

 


O dia

 


- Andou serenando agorinha mesmo. Coisa a toa. Nuvem passageira, vinda do mar rumo sertão. Se não se acabar no meio do caminho pode botar ali pelo Croata, um pouco além da Primavera ou São Gonçalo do Amarante. Ontem foi Domingo de Ramos e assim começa a Semana Santa. Que a sua seja de paz e bem e que no sábado vc possa dizer... Aleluia, peixe no prato, farinha na cuia.

O poder da mensagem

 




Opinião...


...do Reinaldo Azevedo - Do UOL
Bolsonaro internado pede troca de bastão e antecipa 26 no campo reacionário
Se uma obstrução intestinal vira uma questão nacional ou, ainda, categoria política ou de pensamento, tenho de escrever a respeito. E começo este texto expressando votos: que Jair Bolsonaro se recupere plenamente! Até porque os que podem torcer para que tudo dê errado para ele é gente que não tem muito apreço pela democracia. "É sério, Reinaldo?" É, sim! Não me importa muito a extrema-direita que grita e vocifera. Eu me ocupo mais daquela que pensa. Pensa mal, mas pensa. Vamos lá?
O ex-presidente foi transferido do hospital Rio Grande, em Natal, para o DF Star, em Brasília, um ente de ponta na área, com profissionais idem. E não se está aqui a censurá-lo por isso. Ao contrário até: havendo condições para tanto e dada a importância que ele tem na política, que receba o que a medicina lhe puder oferecer. Como é um golpista fanático, lamento que tantos aprovem a sua atuação, mas jamais o censurarei por buscar o melhor para a sua saúde, à diferença do que faziam e fazem suas milícias digitais com Lula ou com Dilma por terem se tratado no Sírio-Libanês.
Lembro, a propósito, que, antes de escolher a rede Star — primeiro em São Paulo e agora no DF —, Bolsonaro foi atendido no Albert Einstein, que chegou, creio que ao arrepio da instituição, a ser transformado até num QG de campanha em 2018. E que bom que o SUS e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), tenham sido diligentes no atendimento emergencial! Posto isso, vamos adiante: Bolsonaro está transformando a sua obstrução intestinal, ou que nome técnico mais preciso tenha, em categoria política e de pensamento. E cá estou eu para apontá-lo. A relação de um homem com seu intestino é um problema pessoal. Se ela vira um discurso em favor da impunidade, passa a ser um problema coletivo. Chegarei ao ponto.
NOVA CIRURGIA E QUEM QUER O QUÊ
Enquanto escrevo, na madrugada deste domingo, 13 de abril, as informações disponíveis dão conta de que ele pode ser submetido a uma nova cirurgia. Meus votos? São os de alguém que sempre torce pela vida, nunca pela morte; pela saúde, nunca pela doença; pelo tratamento menos gravoso, nunca pelo mais; pela analgesia, nunca pela dor. Quem se regozija com o sofrimento de um indivíduo, não importa qual, deve examinar profundamente a sua condição anímica. Lembro quanta porrada levei porque expressei meu horror à espetacularização da execução do facinoroso Saddam Hussein. Indagavam-me: "E as vítimas dele não o comoveram?" Ora... Ocorre que eu tinha a certeza de que nada havia em mim que me igualasse ao que fazia Saddam ser quem era no trato com seus adversários ou inimigos. Assim como estou certo de que nada há em mim que faz Bolsonaro ser quem é.
Da mesma sorte, não porto o germe que fez o então deputado Bolsonaro, em 2015, afirmar o seguinte quando indagado se avaliava que a então presidente Dilma Rousseff concluiria o seu mandato: "Eu espero que acabe hoje, infartada ou com câncer, de qualquer maneira. O Brasil não pode continuar sofrendo com uma incompetente, ou 'incompetenta' à frente de um país tão grande e maravilhoso como esse aqui". Ela havia se tratado de um linfoma não Hodgkin. Na sessão da Câmara que aprovou a denúncia por crime de responsabilidade contra a petista, barbaramente torturada pela ditadura, ele dedicou seu voto ao torturador Brilhante Ustra.
Este senhor nunca teve muito respeito pela vida alheia. O conjunto de sua obra durante a pandemia o prova à farta. Ele a ironizar uma pessoa sufocada pela covid, quando faltava oxigênio em hospitais, traduz a sua altitude moral.
E, ainda assim, alguém que se identifique com o progressismo torcer por sua morte seria uma perversão, além de burrice. Mas não se descarte a hipótese de que aqueles que anseiam "virar a página de Lula e Bolsonaro", como se diz por aí, possam ver com entusiasmo o capitão "fora do jogo" para sempre, uma vez que inelegível já está. Convenham: isso desobstruiria o caminho da extrema-direita e abriria o que muitos consideram "uma avenida" com destino certo. A lógica elementar indica que um reacionário calculista fazer votos para que ocorra o pior com o ex-presidente é, sim, do seu ponto de vista, inteligente, ainda que também uma perversão moral. Convenham: essa gente não é nem notável nem notória por seus bons valores.
O campo que se opõe ao bolsonarismo não ganharia nada se o pior acontecesse com ele, mas os extremistas de direita teriam um mártir, além de uma alternativa para continuar a sua "obra". Chama-se Tarcísio de Freitas, que conta com o apoio quase unânime "dazelites" e, reconheça-se, de setores relevantes da imprensa. Minhas convicções mais profundas me dizem: "Torça, e como você é papa-hóstia, também reze para ele ficar bom". E aquele que há em mim que aprendeu a desconfiar, embora conviva com o que crê, também me diz: "O pior desfecho é útil aos que veem a democracia apenas como valor instrumental, não como fundamento inegociável. Afinal, já o usaram o bastante; chegou a hora da renovação".
Nota: intuo que o governador não deseje um mau resultado para o seu mentor político. Está numa situação política muito confortável. O mau espírito de que trato aqui pertence, se me permitem a expressão, à "racionália da reacionaria", que usa o chamado "Capitão" como instrumento de seus desígnios. Não que ele próprio seja, em alguma medida, inocente ou puro. Ocorre que se transformou num peso para aqueles a quem serviu com denodo. E estes têm hoje uma alternativa que consideram bem mais esperta e palatável. Fosse uma batalha do mundo espiritual, o agora paciente sabe que seria preciso se proteger de muitos que estão do seu lado, já que os adversários nada teriam a ganhar se perdesse a batalha para aquela que Manual Bandeira chamou a "ineludível".

Feriados da Páscoa e de Tiradentes esvaziam Brasília e adiam votações.

A semana será pouco movimentada nos cenários político e econômico por conta dos feriados da Páscoa e de Tiradentes. Na Câmara dos Deputados, as sessões serão virtuais e não há previsão de votações importantes para esses dias. Também não há previsão de julgamentos no plenário do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula vai ao Rio de Janeiro visitar obras.
A apreciação do pedido de urgência para a tramitação do projeto que pede anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes só será feita depois dos feriados. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, anunciou na última quinta-feira que conseguiu reunir as assinaturas necessárias para levar o projeto ao plenário.
No cenário econômico destaque para divulgações de índices da China, que podem mexer com os mercados globais em meio à guerra comercial que o país trava com os Estados Unidos. Na terça, o governo chinês divulga o resultado do PIB do primeiro trimestre e, no sábado, define patamar das taxas de juros.

Interferência no oficial

 Servidor usa conta da PRF no RN para atacar Lula e elogiar Bolsonaro

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) abriu investigação e retirou a conta no Instagram da superintendência do Rio Grande do Norte, após um servidor publicar um comentário contra o presidente Lula e elogiando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O comentário foi feito na noite de sábado em um perfil de notícias local e disse "Bolsonaro doente juta [SIC] mais gente que Lula são e inaugurando obra". A página da PRF no RN foi tirada do ar ontem.

"Parasita!"

 

Cappelli trata Armínio como 'parasita' e diz que a elite brasileira perdeu a vergonha de vez
Declaração do presidente da ABDI reforça crítica ao projeto de arrocho defendido pelo financista
A proposta de congelamento do salário mínimo por seis anos, defendida pelo financista Armínio Fraga durante a Brazil Conference realizada na Universidade de Harvard e no MIT, nos Estados Unidos, segue repercutindo de forma crítica entre membros do governo e da sociedade civil. Neste domingo (13), o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, utilizou as redes sociais para reagir com dureza à fala de Fraga.
“Claro, e você topa viver esses 6 anos com este salário mínimo? A elite brasileira perdeu a vergonha de vez. Resolveu assumir sem nenhum pudor sua origem escravocrata. O desespero desses parasitas do mercado financeiro é que @LulaOficial vai ganhar DE NOVO”, escreveu Cappelli em publicação feita no X (antigo Twitter).
Claro, e você topa viver esses 6 anos com este salário mínimo? A elite brasileira perdeu a vergonha de vez. Resolveu assumir sem nenhum pudor sua origem escravocrata. O desespero desses parasitas do mercado financeiro é que @LulaOficial vai ganhar DE NOVO.
A manifestação do presidente da ABDI vai além da crítica econômica: denuncia o que considera ser uma postura histórica e ideológica das elites brasileiras, que se mostram dispostas a impor sacrifícios aos mais pobres enquanto preservam os privilégios de uma minoria que vive do rentismo. O uso do termo “parasitas do mercado financeiro” escancara o grau de indignação diante de uma proposta que, na prática, congela o poder de compra de trabalhadores, aposentados e pensionistas, atingindo diretamente a base da pirâmide social.
A fala de Armínio Fraga — um dos homens mais ricos do país, com patrimônio bilionário e ex-presidente do Banco Central durante o governo Fernando Henrique Cardoso — foi divulgada pelo UOL Economia. Segundo ele, o salário mínimo “não é uma boa política pública” e deveria ser corrigido apenas pela inflação por seis anos. Fraga sugeriu que os recursos economizados fossem redirecionados a transferências diretas e serviços públicos.
A declaração revela uma concepção de país baseada na contenção de direitos sociais e na manutenção da concentração de renda. Ao rebater com veemência essa proposta, Ricardo Cappelli expressa um contraponto dentro do governo Lula: o de que o desenvolvimento industrial e social exige inclusão, valorização do trabalho e enfrentamento dos privilégios históricos das elites financeiras.


Vai quem quer

O governador Elmano de Freitas (PT) anunciou ponto facultativo para o serviço público estadual no próximo dia 17 de abril, quinta-feira da Semana Santa. “Informo aos cearenses que decretei ponto facultativo na próxima quinta-feira, 17 de abril, em respeito à tradição e fé cristãs. Momento de reflexão e oração pelas famílias do nosso Ceará e do país”, informou Elmano em comunicado pelas redes sociais. A medida garante o funcionamento dos serviços essenciais, como segurança pública, saúde e abastecimento d’água, entre outros. Os bancos também fecham.