Desemprego? Que desemprego!?

Acidentes de Trabalho no Ceará crescem 38,1% em apenas um ano

Entidades realizarão ato solene em memória de vítimas na próxima terça-
feira, dia 28

Entre os anos de 2006 e 2007, o número de acidentes de trabalho no Ceará
cresceu 38,1%, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Em 2006, o
Estado registrou 5.965 acidentes de trabalho. Em 2007, o número de
ocorrências saltou para 8.241. O percentual foi superior ao registrado no
País, no mesmo período: 27,4%. Em 2006, ocorreram no Brasil 512.232
acidentes de trabalho, número que chegou a 653.090 no ano seguinte. Para
alertar a sociedade para a gravidade deste problema, uma solenidade no
Instituto Dr. José Frota (IJF) marcará, na próxima terça-feira, dia 28, a
partir das 9 horas, o Dia Mundial de Saúde e Segurança no Trabalho.
O evento será aberto com um ato em memória às vítimas de acidentes de
trabalho. Em seguida, o procurador do Trabalho Carlos Leonardo Holanda Silva
(titular no Ministério Público do Trabalho no Ceará da Coordenadoria
Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho-Codemat) e representantes do
IJF, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e da
Previdência Social vão falar sobre o cenário dos acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho no Ceará, desafios e perspectivas. A mesa-redonda
será coordenada pela Secretaria de Saúde do Estado.
A iniciativa tem como objetivos sensibilizar e informar sobre a notificação
de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho na rede SUS, difundir a
estratégia da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
(Renast), do Ministério da Saúde, para implantar a Rede Sentinela em Saúde
do Trabalhador no País e, especificamente, no Ceará, além de discutir
políticas de saúde e segurança no trabalho no Estado.
Carlos Leonardo ressalta que os acidentes de trabalho e as doenças
relacionadas ao trabalho provocam impactos sociais, econômicos e na saúde
pública. "Além dos milhares de casos que resultam em morte de trabalhadores,
outros milhares são afastados anualmente de suas atividades, temporária ou
definitivamente", observa.
Ele menciona que, em 2006, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)
desembolsou mais de R$ 10,5 bilhões em benefícios devido a acidentes e
doenças do trabalho e em aposentadorias especiais decorrentes das condições
ambientais de trabalho. Os dados oficiais da Previdência apontam que,
somados os gastos com o custo operacional do INSS e as despesas na área da
saúde e afins, o custo atinge mais de R$ 39 bilhões.

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