Conselho de Ética manobra para 'esquecer' na gaveta os recursos da oposição

Waldemir Rodrigues/AgSenado

Duque (com Romeu Tuma) anunciará amanhã decisão sobre Virgílio
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ) poderá usar uma brecha no regimento para "esquecer na gaveta", por tempo indeterminado, os recursos apresentados por senadores de oposição contra a decisão de arquivar onze denúncias e representações contra o presidente da Casa, José Sarney. É que não há prazo para que o plenário do Conselho de Ética seja convocado com o objetivo de discutir e votar os recursos. Apesar da possibilidade de o PMDB fazer essa manobra para postergar o exame dos recursos, na expectativa de esfriar os ânimos, o senador Paulo Duque não antecipou sua decisão nem mesmo aos colegas de bancada.

Caso Arthur Virgílio nesta quarta - Já para decidir sobre a admissibilidade da denúncia contra o líder tucano, apresentada pelo PMDB, o regimento prevê o prazo de cinco dias úteis, que se encerra nesta quarta-feira. Paulo Duque já afirmou que havia "consistência" na denúncia contra Virgílio, acusado de permitir que um assessor morasse na Europa por treze meses, fazendo o Senado pagar-lhe salários e até horas extras, além da nomeação de seu "personal trainner" em seu gabinete, o recebimento de ressarcimento para tratameto de sa¨de muito acima do limite prevsto em lei e o recebimento de dinheiro do ex-diretor-geral Agaciel Maia. Apesar da convicção aparente, Duque também não revelou se aceitará o conjunto de denúncias contra o líder tucano. O problema desse caso, para o acusado, é que o governo tem a maioria e, com os ânimos acirrados, o mandato do senador corre sérios riscos.

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