
Campanha dá rostos de Saddam, Hitler e Stalin ao vírus da Aids
Com a popularidade caindo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai ao Congresso na próxima quarta-feira para pedir aos políticos que cheguem logo a um acordo e votem rapidamente a reforma do sistema de saúde. O procedimento é raro: a última vez em que um presidente foi uma segunda vez no mesmo ano ao Legislativo, além do tradicional discurso de janeiro, foi em 2003, primeiro ano da Guerra do Iraque.
Segundo seus assessores, Obama não apresentará um projeto, evitando repetir erro de Bill Clinton, que canalizou para si todas as posições contrárias à reforma. Mas deixará claro os pontos que acha inegociáveis. Nos dias seguintes, ele deve anunciar a nova fase de sua estratégia para o Afeganistão.
O governo está dividido quanto a uma escalada. Teme-se que o aumento do número de soldados caracterize a presença americana como “ocupação”. O vice-presidente Joe Biden é contra o aumento de tropas, hoje em torno de 68 mil.
ASSESSOR RENUNCIA
Van Jones, o assessor especial do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renunciou ao cargo sob a pressão de líderes do Partido Republicano e as revelações de que suspeitava da participação de membros do governo do ex-presidente George W. Bush nos atentados de 11 de setembro.
Jones, um ativista dos direitos civis da Califórnia, trabalhava para o Conselho de Qualidade do Ambiente da Casa Branca desde março.
“Eu estou renunciando a meu posto, com efeito a partir de hoje”, afirma uma nota com data de 5 de setembro, mas divulgada apenas ontem, segundo o jornal “Washington Post”. Jones destacou que nas batalhas históricas pelo sistema de saúde e a energia limpa, “opositores das reformas montaram uma campanha de boatos” contra ele.
“Eles estão usando mentiras e distorções para distrair e dividir. Mas eu vim aqui para combater por outros, não por mim. Eu não posso, em sã consciência, pedir a meus colegas que gastem um tempo e energia preciosos para defender ou explicar meu passado. Nós precisamos de todos a bordo, lutando pelo futuro”, afirma o comunicado.
Jones passou a ganhar a atenção do público na semana passada, quando foi revelado que ele assinou uma petição que questionava se integrantes do governo Bush “teriam deliberadamente permitido o 11 de Setembro, talvez como pretexto para a guerra”, lembra o “Post”.
Também foi revelado que Jones usou palavras grosseiras para descrever os republicanos em um discurso feito antes de trabalhar para o governo.
Com isto, vários republicanos famosos abriram processos contra Jones e passaram a exigir a saída dele do governo.
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