A escola Norma Edna Tinoco Chagas, localizada no distrito de Pau Branco I, na cidade de Acarape, estava desativada desde Janeiro de 2001. O Jornal O Estado recebeu a informação que o colégio estava sendo demolido para que o material fosse reaproveitado na complementação do prédio onde funciona o Programa de Educação Tutorial (PET) do distrito Riachão do Norte, da mesma cidade. O prefeito, Acélio Freitas (PMDB) confirmou a retirada dos tijolos e telhas da antiga instituição de ensino, mas negou que fosse para terminar a construção de outro prédio.
“O material está sendo levado para o Riachão do Norte porque a Associação Tadeu ganhou do Governo do Estado um trator e estavam precisando de um local para guardarem. Cedi o prédio da escola, mas o equipamento não podia ser colocado na localidade onde estava a escola, então a associação perguntou se não poderia levar o material para o outro distrito. Eu autorizei”, declarou o prefeito ao complementar que a prefeitura está sem condições financeiras para ajudar de outra forma.
O vereador Paulo Tinoco (PR) comentou que a escola não poderia ser demolida por ser um “patrimônio público”. “Não sou contra a reutilização do espaço da instituição escolar, o que não podia era destruir”, destacou. Acélio Freitas acredita que o parlamentar se colocou contrário a sua decisão porque o terreno da escola foi cedido pela família do vereador. “O Paulinho está agindo assim porque o colégio tinha o nome da irmã dele. O prédio já não tinha serventia nenhuma, estava com janelas e portas quebradas”, disse.
O prefeito afirmou que pretende construir um triângulo na divisão dos distritos. “Neste local vou fazer uma praça informativa, que indicará para qual direção fica cada localidade. O local terá o antigo nome da escola, que é irmã do vereador”, comentou.
Porém, o Parlamentar ameaçou apresentar terça-feira próxima um requerimento para que seja instalada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “O prefeito tem que ir à Câmara Municipal de Acarape para prestar esclarecimentos”, disse. Paulo Tinoco informou que a comunidade que passa pela antiga escola está indignada.
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