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Ibope: Dilma e Serra caem; Ciro sobe; e Lula ‘flutua’


Fábio Pozzebom/ABr
Saiu a nova pesquisa Ibope. Traz como principal novidade a subida de Ciro Gomes (PSB) e a queda de José Serra (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT).

Ciro subiu entre quatro e cinco pontos percentuais, dependendo do cenário. Serra, ainda favorito, caiu quatro pontos. Dilma caiu entre três e quatro pontos.

Pela primeira vez, o instituto incluiu o nome de Marina Silva (PV) no rol de candidatos.

Entre os cenários testados, vai abaixo aquele que o repórter considera o mais provável, sem Heloísa Helana (PSOL), que parece pender para o Senado:

- Serra: 35%

- Ciro: 17%

- Dilma: 15%

- Marina: 8%

- Branco/Nulo: 14%

- Não respondeu: 10%

Note que Dilma, antes segunda colocada em todos os cenários, está agora atrás de Ciro.

A diferença é, ainda, miúda, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais.

Marina obtém uma taxa de largada nada negligenciável. No Datafolha, obtivera, um mês atrás, 3%. No Sensus, há duas semanas, cravara 6%. Agora, 8%.

Na improvável hipótese de o PSDB optar por acomodar Aécio Neves no lugar de Serra,

Ciro salta para a primeira colocação. Confira abaixo:

- Ciro: 28%

- Dilma: 18%

- Aécio: 13%

- Marina: 11%

- Branco/Nulo: 19%

- Não respondeu: 12%

Note que, nesse cenário, a estreante Marina está tecnicamente empatada com Aécio. A diferença entre ambos é de dois pontos percentuais.

Pode-se extrair desse conjunto de dados algumas conclusões. Por exemplo:

1. Dilma ainda não virou o portento que Lula idealizara. O presidente estimara que sua candidata chegaria ao final de 2009 com 30%. Parece difícil. Para complicar, a ministra emerge da pesquisa como campeã de rejeição.

2. Ciro, que já torce o nariz para o plano de concorrer ao governo de São Paulo, ganha novos argumentos para se manter na briga presidencial.

3. Aécio, com seus 13%, terá dificuldades para prevalecer sobre Serra na queda-de-braço interna do PSDB.

4. Serra, a despeito de ter caído de 38% para 34% entre junho e setembro, mantém sobre a mesa um cacife que faz dele a principal aposta da oposição.

O desempenho precário de Dilma contrasta com o prestígio de Lula, seu patrono.

Segundo o Ibope, 69% dos pesquisados consideram o governo ótimo ou bom. Há três meses, o índice era de 68%.

A aprovação pessoal de Lula oscilou positivamente de 80% para 81%. Ou seja, o presidente continua nas nuvens.

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