O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, suspendeu temporariamente a cooperação com o Supremo Tribunal Eleitoral de Honduras.
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Na ONU, Lula pede restituição imediata de Zelaya à presidência
"(Ban) não acredita que o país está em condições de realizar eleições com credibilidade", diz o comunicado, divulgado pela porta-voz Michele Montas.
A ONU começou a oferecer apoio técnico ao Tribunal hondurenho em setembro de 2008. Entre a ajuda prestada pela Organização estão treinamento de mesários e a elaboração de um projeto de contagem de votos.
O texto divulgado nesta quarta-feira (23) afirma ainda que a ONU está preocupada com a situação atual em Honduras e com a violação dos direitos humanos no país.
No comunicado, as Nações Unidas voltaram a afirmar que respeitam a inviolabilidade da missão diplomática do Brasil em Tegucigalpa.
Lula
Ainda nesta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não reconhecerá o pleito presidencial de Honduras, marcado para 29 de novembro pelo governo interino.
O presidente disse ainda que se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para discutir a crise em Honduras.
Em entrevista a jornalistas em Nova York, onde participou da Assembléia Geral da ONU, Lula disse que o encontro será realizado em Pittsburgh, onde os chefes de Estado participarão, a partir desta quinta-feira (24), da Cúpula do G20.
"Acho que os americanos têm tomado as atitudes corretas, eles têm avançado. Certamente vou pedir o apoio dele", disse Lula.
Lula afirmou também que o Brasil não irá conceder asilo político ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que está refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa desde o seu retorno ao país na segunda-feira.
O presidente interino, Roberto Micheletti, havia pedido que o governo brasileiro entregue Zelaya à Justiça hondurenha ou conceda asilo político a ele.
Segundo Lula, Zelaya "não precisa de asilo" porque é o presidente eleito democraticamente.
Lula afirmou também que o Brasil "não pode permitir que o caso de Honduras fique sem a compreensão das Nações Unidas e do Conselho de Segurança".
"Já tivemos a experiência de golpes militares no Brasil, na Argentina, no Uruguai e em tantos outros países e não queremos que isso se repita e isso que aconteceu em Honduras é um sinal muito ruim do que pode acontecer em outros países", afirmou o presidente.
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