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Resgate histórico

POuca gente sabe, mas tem sobralense ilustre por tudo que é lugar deste mundo de meu Deus. Só os sobralenses não conhecem certas pérsonalidades, porque alí são raros os que cuidam da história da cidade e de seus filhos que deram importancia ao País e ao mundo. Nosso Dias Lopes, sobralense/paranaense, cultor da cultura de seu povo, acaba de achar na terra onde mora, este expoente da terra, que nomina duas importantes ruas de Curitiba, onde mora o bloguista-militante que na juventude era o Firminão, ou Firmino Dias Lopes, ou ainda o Firmino da Fibrala.

Bento Fernando de Barros

1891 - Primeiro Procurador-Geral do Ministério Público do Paraná.

O primeiro Procurador-Geral do Ministério Público do Paraná foi Bento Fernandes de Barros, cuja nomeação e curto período de exercício no cargo se deram durante o ano de 1891, quando da presidência de Generoso Marques.

Nascido em Sobral-CE, em 1.834, de família de origem portuguesa, seus pais foram o Major Miguel Joaquim Fernandes de Barros e Francisca Josephina de Barros.

Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Olinda no ano de 1.853, e a partir daí deu início à sua vida pública em nossa Província, onde se casou com Joaquina Ribas de Oliveira Franco, filha do Brigadeiro Manoel de Oliveira Franco e foi nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do Termo da capital.

Em seguida foi Chefe de Polícia e Diretor do Liceu de Curitiba (hoje Colégio Estadual do Paraná), e, em 1870, tornou-se Inspetor-Geral da Instrução Pública da Província. Em 1871 foi Juiz de Direito de Guarapuava e no ano de 1874 passou a Inspetor do Tesouro provincial, ao mesmo tempo em que assumiu a advocacia da Câmara Municipal.

Em 1.875 tornou-se Chefe de Polícia em Minas Gerais e a seguir voltou ao Paraná para se eleger Deputado Provincial para o período 1878-1879. Por fim, em 1891 foi nomeado Procurador-Geral e no ano seguinte escolhido Desembargador do então Tribunal de Apelação, depois Superior Tribunal de Justiça (1.892).

Consta ainda do seu currículo que foi editor do jornal “O Constitucional”, de vida efêmera, editado em 1861; membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e foi convertido em patrono da cadeira número 7, quando da fundação da Academia Paranaense de Letras.

Deixou também obra escrita, como “O Movimento Progressista da Criminalidade”, “Notícias do Paraná”, “Organização da Polícia Administrativa e Judiciária do Paraná” e “Discussão da Questão de Limites entre o Paraná e Santa Catarina”, este seu trabalho mais importante, que mereceu elevados encômios, inclusive do Conselho Joaquim da Costa Barradas, advogado do Paraná no famoso litígio territorial com Santa Catarina.

Como desembargador, porém, tal como ocorreu igualmente com os demais membros do Superior Tribunal de Justiça, acabou aposentado compulsori-amente pelo governador Vicente Machado, sob acusação de que o tribunal es-teve comprometido com a Revolução Federalista, durante a ocupação do Estado pelos insurretos.

Depois desse episódio Bento de Barros dedicou-se à advocacia em nossa cidade e consta até que voltou a integrar a magistratura, então no vizinho Estado de Santa Catarina e na cidade de Joinvile.

Faleceu aos 74 anos, em 1908, no Rio de Janeiro e foi sepultado no Cemitério de São João Batista, de onde, em 1917, seus restos mortais foram transladados para Curitiba, a pedido da viúva e do governo estadual. Infelizmente, porém, nem o Tribunal de Justiça nem a Procuradoria-Geral até hoje lograram resgatar sua imagem pessoal, a despeito dos esforços envidados em seu Estado natal e junto a seus descendentes.

2 comentários:

  1. Valeu Macário,´pode ser o comentário vindo de você sobralense, como poucos, mas que que ja se projetou por outras plagas, pode ser que esta injustiça seja corrigida. Um resalva porém, o nome porém é Bento Fernandes Barros. E não Fernando. Um grande abraço

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  2. Olá! Gostaria de compartilhar o link para uma breve biografia de Bento Fernandes de Barros no site do Memorial do Ministério Público do Paraná, pois diversas informações foram encontradas ou corrigidas nos últimos anos. Lamentavelmente, ainda não encontramos nenhuma fotografia dele.

    http://www.memorial.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=11

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