Ao decidir não decidir, o STF reacendeu as esperanças de Cesare Battisti.
O ex-terrotista italiano parece não ter mais dúvidas:
"Acho que vou ficar no Brasil", disse Battisti, nesta terça (24).
Hóspede da penitenciária da Papuda, em Brasília, ele suspendeu a greve de fome.
Parara de comer havia dez dias. Mas decidiu atender aos apelos de Lula.
"Quando escutei o presidente Lula na TV, duas vezes, interpretei isso como uma mensagem boa...”
“...Senti vontade de viver e até de trabalhar. Estou começando a escrever outra vez e quero terminar o meu livro”.
Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti está na bica de ganhar o meio-fio.
O destino dele está nas mãos de Lula. Em privado, o presidente disse que pende para a decisão favorável a Battisti.
Grave precedente. Antes de lavas as mãos, o Supremo recomendara a extradição.
Em 200 anos de história do tribunal, será a primeira vez que um veredicto do gênero deixará de ser cumprido.
Em nenhuma outra oportunidade o direito do presidente da República à palavra final fora suscitado.
Fica no ar uma incômoda pergunta: Battisti vale a abertura do precedente?
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