Os presidentes do PSDB e do DEM –Sérgio Guerra e Rodrigo Maia—almoçam nesta terça (24), em Brasília.
Vão rediscutir, sob atmosfera adversa, a estratégia da oposição para a eleição presidencial de 2010.
O encontro ocorre sob o impacto da pesquisa que revela um estreitamento da distância que separa Dilma Rousseff de José Serra.
Participam do repasto os líderes tucanos e ‘demos’ na Câmara e no Senado. O objetivo central é passar a impressão de unidade.
Nas últimas semanas, PSDB e DEM andaram se estranhando pelo noticiário. Rodrigo Maia queixou-se do calendário.
Revelou-se impaciente com a demora de José Serra em admitir a condição de candidato. De quebra, manifestou simpatias por Aécio Neves.
Nas pegadas das declarações do filho, o ‘demo’ Cesar Maia, ex-prefeito do Rio, pespegou em Serra um adjetivo atravessado: “caudilho”.
Quis dizer que Serra não tem o direito de condicionar um projeto coletivo à sua vontade pessoal. Também se bandeou para o lado de Aécio.
Os Maia apenas vocalizaram uma irritação que contamina a maioria do DEM. Contagia também o grosso do PSDB.
A diferença é que, entre os tucanos, as críticas ao comportamento de tartaruga de Serra são feitas entre quatro paredes.
No repasto desta terça, pretende-se aplacar a idéia de que o diz-que-diz pode descambar para a desunião.
Marcou-se o almoço para o Piantella, um dos restaurantes mais freqüentados de Brasília.
Mais do que ver uns aos outros, tucanos e ‘demos’ desejam ser vistos juntos. Querem garantir a foto.
Nada de autocríticas. Nas entrevistas, realçarão a unificação de propósitos. Concluíram o óbvio: a desunião favorece o inimigo.
Resta saber o que serão capazes de produzir além da foto.
Do Josias de Souza
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