Contato

Governo manobra, e Câmara adia votação de reajuste para aposentados

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

Após uma manobra da base do governo, foi adiada nesta quarta-feira (4) na Câmara dos Deputados a votação do reajuste dos aposentados e pensionistas.Aposentados se irritam com manobra governista para adiar votação de reajuste
Com muito barulho, um grupo de aposentados protestou no plenário da Câmara contra a decisão da base aliada governista de impedir a votação da emenda que garante a todos os beneficiários da Previdência o mesmo aumento concedido ao salário mínimo
O pedido foi feito pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), relator da Medida Provisória 466/09, que requereu prazo de uma sessão para apresentar seu parecer às cinco emendas do Senado à MP. A medida muda as regras do subsídio concedido à geração de energia por termelétricas nos estados da Região Norte.Como o pedido é regimental, e a MP tranca os trabalhos, a análise foi adiada e, consequentemente, os deputados não poderão discutir também o Projeto de Lei 1/07. Uma emenda do Senado a esse projeto, já aprovada pela comissão especial, concede a todos os aposentados e pensionistas o mesmo índice de reajuste dado ao salário mínimo.
O governo não quer votar a emenda argumentando que as despesas adicionais para a Previdência Social seriam da ordem de R$ 6 bilhões.
Mais de 500 aposentados esperavam a votação sentados nas galerias do plenário. O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), concedeu prazo de uma sessão. "Não há como negar o pedido do relator, que é regimental", afirmou.
Ao pedir o adiamento, Bacelar fez elogios aos aposentados, mas disse que não tinha como dar o parecer às emendas do Senado à MP. "Essa MP é a mais importante do setor elétrico brasileiro."
O vice-líder do DEM, Onyx Lorenzoni (RS), foi à tribuna da Câmara para afirmar que seu partido vai ajudar a votar a proposta de emenda à Constituição que trata dos precatórios e, em seguida, entrará em obstrução e em vigília pela aprovação do reajuste dos aposentados.

*Com informações da Agência Câmara e Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário