Novo Brasil é mais maduro e tem reconhecimento internacional, diz Lula
Ao comentar a viagem à Inglaterra na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o Brasil está mais "maduro" e responsável, capaz de consolidar uma macroeconomia com estabilidade, geração de empregos e distribuição de renda. “Esse novo Brasil é reconhecido internacionalmente”, ressaltou. No programa semanal Café com o Presidente, ele destacou que o interesse das empresas estrangeiras em investir no país é reflexo de uma economia “saudável, estável, e promissora”.
“O fato de o Brasil ter saído tão bem dessa crise financeira mundial é mais uma demonstração da nossa força. Muitos países ainda sofrem com as consequências da crise. Nós, aqui, já saímos”, destacou, ao citar o crescimentio da indústria, do Produto Interno Bruto (PIB) e da massa salarial brasileira.
Sobre o prêmio que recebeu durante a visita – concedido pela Chatham House como forma de reconhecimento pela atuação nas relações internacionais e na condução da política econômica e social – Lula insistiu que toda a sociedade brasileira acreditou que era possível controlar a crise. Para ele, o prêmio dá visibilidade ao Brasil perante os demais países que começam a ter mais confiança para investir aqui.
O presidente afirmou que está otimista em relação à possibilidade de um bom acordo sobre o clima durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague (Dinamarca). Ele destacou, entretanto, que tudo vai depender da presença de líderes mundiais no encontro. Lula voltou a acusar os países ricos de terem “maior responsabilidade” em assuntos climáticos, uma vez que vivenciam um processo de industrialização mais longo.
“Esses países emitiram muito mais gás de efeito estufa do que os países que estão se desenvolvendo no século 20 e no século 21. Portanto, é importante que os compromissos sejam de todos, mas que sejam proporcionais à responsabilidade de cada país”, disse.
Lula afirmou que deve entrar em contato ainda nesta semana com os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Hu Jintao, da China, na tentativa de debater uma proposta conjunta a ser levada para a conferência. Ainda hoje, o presidente coordena reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. A posição brasileira em Copenhage está na pauta de discussões. No último dia 3, o governo adiou para o próximo sábado (14) a definição da proposta , que inclui medidas em setores como agricultura e siderurgia. Até o momento, a única proposta consensual é a de redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020.(Agência Brasil)
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