Plano C, de Ciro

Cada vez que sai uma nova pesquisa – especialmente, a nova safra de levantamentos regionais – sobre intenções de voto para a Presidência e que dá, quase sempre, Ciro Gomes à frente de Dilma Rousseff, o deputado federal do PSB comenta com seus mais chegados: “Eu não sou o Plano B do Governo: sou o Plano C, de Ciro”. O bruxo Gilberto Carvalho, secretário de gabinete de Lula, tenta correr contra o tempo: quer fechar acordos com os partidos que hoje sustentam a base de Lula em torno de Dilma, mantendo a coalização para o ano que vem. É ele que vem marcando os encontros e quem comanda as conversas: Dilma está junto, mas não tem cintura para acertar acordos.

Não é confiável
Enquanto o próprio Lula faz afagos públicos a Ciro Gomes (ele ainda não desistiu de convencê-lo a sair candidato ao governo paulista) e os principais homens do staff da cúpula da campanha de Dilma (Gilberto Carvalho, Antonio Palocci, Franklin Martins, entre outros) até acenem com muita cordialidade para o deputado e ex-ministro, em reuniões mais fechadas todos discutem “até que ponto Ciro seria confiável”. Gilbertinho, há dias, não deixou por menos: “Se, um dia, ele fosse o candidato do governo e ganhasse, no primeiro dia do governo, colocaria todos os petistas para fora”.