
Secretário de Segurança mantém Dantas no cargo
Ministério Público Estadual recomenda o afastamento do delegado
1ª Câmara Criminal nega habeas corpus a acusados por tráfico de drogas
O secretário de Segurança Pública, Roberto Monteiro (foto) afirmou que continuará com a decisão de não afastar o Superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas. Para ele, “recomendação não tem força, é uma proposta, é um pouco mais do que sugestão mas não chega a ser uma ordem”. Na última quarta-feira, 18, foi entregue pelo Ministério Público do Ceará um documento ao secretário que sugeria o afastamento de Luiz Dantas.
Monteiro faz questão de “deixar claro que essa decisão de não afastar o Dantas não foi uma decisão do governador. Apenas fui consultar, pedir conselho, mas a decisão foi minha”. Roberto Monteiro disse que em reunião com o governador, Cid Gomes ponderou sobre a saída do superintendente. Cid analisou que o afastamento iria fortalecer “a briga entre os delegados que dura mais de uma década na Polícia Civil”, frisou o secretário.
Defesa
Na segunda-feira, 23, o MP estadual convocou os delegados afastados dos cargos para prestarem depoimento sobre as acusações de tortura contra presos. O delegado Cavalcante depôs mas, na ocasião, o sistema de computadores do MP deu pane e ele teve que retornar ontem à Procuradoria Geral da Justiça. “Só fui lá ratificar e entregar o documento (não posso dizer o conteúdo), por volta das 15 horas”, justifica Cavalcante. Ele defende que alguns detalhes de todo o caso ainda precisam de novas investigações. “Os presos apareceram torturados no intervalo em que entregamos à delegacia e depois ao superintendente”, afirma o delegado. O delegado menciona a proposta de reconstituição que o Ministério Público apontou. “Eu aceito a proposta sim, se não ficar apenas na versão dos bandidos. Porque assim fica difícil. Eles podem requisitar, mas a reconstituição tem que ser total”, condiciona.
Segundo o secretário Roberto Monteiro, a investigação criminal feita pelo MP está sob o comando do delegado José Rodrigues Júnior e da Promotoria. É um processo de investigação criminal que abrange o campo administrativo disciplinar junto com a comissão da corregedoria geral.
Deu no Jornal O Estado
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