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Greve do setor aéreo pode parar aeroportos no Natal

Trabalhadores do setor aéreo ameaçam realizar uma greve nos dias 23 e 24, antevéspera e véspera de Natal.Aeronautas (pilotos e comissários de bordo) e aeroviários (pessoal de terra) reivindicam aumento salarial de 10%.
As companhias aéreas se dispõem a tonificar os contracheques. Mas oferecem menos da metade do reivindicado: 4,5%.
A discórdia entre as partes se arrasta desde outubro. Sentindo o cheiro de queimado, o Ministério Público do Trabalho de São Paulo interveio.A procuradora Laura Martins de Andrade chamou as partes para uma audiência de concialiação.
Realizou-se, sem alarde, na tarde da última quinta-feira (10). Antes, pela manhã, cerca de 300 aeronautas e aeroviarios realizaram uma manifestação.
Deu-se nos aeroporto Congonhas e Cumbica, em São Paulo. Percorreram o sagão e a aérea de check in do aeroporto.A tentativa de mediação da procuradora Laura Martins durou três horas. Lero vai, lero vem, a ela propôs um reajuste intermediário.
Nem os 10% pedidos pelos trabalhadores nem os 4,5% ofertados pelas empresas. A procuradora sugeriu 6%.
O encontro terminou sem acordo. Laura Martins marcou nova audiência. Acontecerá na próxima terça (15), em São Paulo.
Na véspera, segunda-feira (14), sindicatos de trabalhadores do setor de aviação civil realizam assembléias para decidir se aceitam os 6% sugeridos pela procuradora.
"O dever do Ministério Público do Trabalho, diante da posssibilidade de uma greve, é garantir o direito da população”, disse Lara Martins.
“Por isso, essa reunião foi marcada com o objetivo de se chegar a um acordo entre as partes", ela acrescentou.
Os trabalhadores são representantes na mesa de negociações por duas entidadestrês entidades: O Sindicato Nacional dos Aeronautas e o Sindicato dos Aeroviários de São Paulo e Guarulhos. Além deles, aeroviários o Amazonas, Recife e Rio.
Pelo lado das companhias aéreas, fala o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.
A julgar pelo que diz o economista Claudio Toledo, que assessora os trabalhadores, aeroviários e aeronautas parecem dispostos a esticar a corda.
Segundo Toledo, o setor aéreo dobrou de tamanho entre 2003 a 2009. Afirma que, pelo quinto mês consecutivo, a demanda doméstica cresceu acima dos 20%.
Torça-se para que a procuradora Laura Martins consiga chamar as partes ao bom senso.
Do contrário sobrevirá o caos aéreo natalino. Coisa que o brasileiro conhece muito e receia bastante.

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