Coluna do blog

Tese de mestrado e o MST cooptado
Muita gente tenta saber, com relativa freqüência, porque é rico ou porque é pobre. Aqui em NY, numa rodada de gente de altos negócios, pra ser direto, do agro business, apareceu essa discussão paralela, aparentemente sem ter nada a ver com o tema central, os negócios de grande porte da economia agrícola brasileira. Alguém, acho que um sócio do George Soros em bilionários (em dólar) negócios da soja, opinou que se você estiver sempre perto de ricos e tiver amigos ricos, muito provavelmente você será uma pessoa rica, mais dia, menos dia. No sentido contrário, se seus amigos forem pobres, serão grandes as suas chances e ser e continuar sendo pobre. Teve até quem lembrasse, foi um diplomata que estava no meio quem sugeriu a história do Bom Samaritano. – Olhe, o cara era bom, fez as bondades que fez porque tinha dindim. Era bem de vida. Daí que passa a ter sentido que junto de um rico, mesmo você sendo um pobre poderá tirar o pé da lama ou sair de uma grande dificuldade com ajuda do amigo. Já um pobre vai ter que rachar a pobreza, sem ter como ajudar ou ser ajudado. Pois bem, foi nesse clima que duas grandes bancas de advocacia brasileira, enormes empreendedores e investidores americanos, diplomatas da aera de economia, discutiram aqui na Big Apple, investimentos no agro-business brasileiro. Dessa reunião fantástica, pude pinçar momentos absolutamente inusitados e até, surpreendentemente bem informados, numa prova da globalização da economia. O que se faz em Groaíras não é do desconhecimento de Wall Street. Por isso vou contar essa história vivida aqui mesmo na esquina do mundo.

A frase: “Todas as religiões são fundadas sobre o temor de muitos e a esperteza de poucos”. É a vida, é a vida, é a vida!


Pobres e ricos (Nota da foto)
As chances de pobre continuar pobre ou de ficar rico depende da companhia e das amizades de cada um. Teoricamente é mais fácil aprender inglês em Londres do que em Martinópolis.

Àudio 1
Presidente de grande empresa do agro-negócio se reúne em NY, na Câmara de Comércio Brasil-EUA, numa rodada sobre o tema no Brasil.

Áudio 2
Detectando os principais problemas, o americano coloca três cases à mesa para discussão, perguntando sobre os gargalos para a produção brasileira.

Áudio 3
Em primeiro plano está o Sistema Tributário Brasileiro, cruel e profundamente perverso com a produção. Quem produz é violentamente apenado pelo Sistema que lhe toma o grande lucro.

Áudio 4
Em segundo lugar está a burocracia brasileira, maluca, inconseqüente, justificando até o que se chama de Custo Brasil. Na burocracia, dizem os gringos estão os funis por onde se escoa outra parte do lucro.

Áudio 5
Em terceiro lugar está a infraestrutura. O Brasil não tem portos, aeroportos, estradas, nada que sirva de fato ao escoamento da produção, seja ela de soja, seja ela de etanol, os dois grandes nomes da geração de divisas.

Áudio 6
O investidor que fez questão de manter nesse tripé o problema para o Brasil não ser a potencia mundial que poderia ser, usou a expressão “disfuncional” que no inglês quer dizer mais ou menos como incompreensível, maluco, zureta...sem sentido.

Áudio 7
Diante do quadro, e conhecedor da realidade social brasileira, o diplomata presente ousou perguntar ao gringo sobre o que ele achava, ou como os americanos viam o MST.

Áudio 8
Surpresa geral! Nós achamos o MST um bem para o agro-negócio brasileiro.! `Pasmos, ficamos todos. O MST um bem para o mega investidor na agricultura brasileira era quase um insulto.

Áudio 9
Aí o senhor justificou: O latifúndio improdutivo pensa duas vezes em ficar sentado sobre a terra para especular, sem produzir, tento o MST nas portas das suas fazendas.

Áudio 10
O MST, continuou, é o grande inimigo da improdutividade porque induz o preguiçoso ao trabalho. Então fica assim: Ou produz ou vende as terras para a gente que quer produzir.

Áudio 11
Pronto! Caiu a ficha. O americano acha o MST bonzinho porque ao ameaçar invadir põe os donos da terra de barbas de molho para produzir ou vende para eles, os americanos investidores.

Áudio 12
E se o MST invade o sistema que está produzindo, como já se viu, insistiu o diplomata. – Isso a gente sempre resolve, detonou de vez o podre de rico. Seu olhar e tom de voz deixaram bem claro: O MST é aliado para a compra de terras improdutivas e está na algibeira de quem sabe das coisas.

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