Novo processo para revalidação de diplomas de Medicina

O processo para revalidar diplomas estrangeiros de medicina irá mudar. O projeto piloto, executado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, prevê que exames escritos e práticos substituirão os processos que antes consistia só em avaliação de documentos. A Universidade Federal do Ceará (UFC) recebeu 99 inscrições, das 502 registradas nas 24 universidades públicas que aderiram ao programa. A maioria dos candidatos estudou na Bolívia (237), seguido por Cuba (154) e Peru (24).

De acordo com o pró-reitor de Graduação da UFC, professor Custódio Almeida, esse novo projeto vai intensificar ainda mais o processo seletivo. Para ele, muitos dos graduados em medicina concluem o curso em outro país como forma de “fugir” do rigoroso processo do Brasil, por isso a execução das provas será eficaz.

“As provas serão mais uma seleção a ser enfrentada por esses profissionais, antes que eles comecem a atuar no Brasil, é uma forma de intensificar ainda mais o processo”, afirmou o professor.
O último edital de revalidação de diplomas da UFC, programa que acontece a cada quatro anos, foi em 2008 e, de acordo com Almeida, das 719 inscrições feitas, 500 já foram concluídas completamente. “Em todos os casos há recomendações de complementação de estudo, isso acontece porque as universidades do exterior, principalmente as da América Latina, não seguem a mesma carga horária do curso no Brasil e não oferecem algumas disciplinas, como a de Medicina Legal, que é obrigatória, de acordo com a legislação brasileira”, explicou o pró-reitor.

O Ministério da Educação (MEC) divulgará o calendário e os locais das etapas de avaliação. A primeira prova será escrita e a segunda, de habilidades clínica.

Penso eu - Faz anos, estava em Cuba, nas companhia de Welington Landim e DOmingos Flho, quando recebí de estudantes brasileiros de medicina em Havana, Camaguay e Cienfuegos, documentos dirigido ao presidente da república pedindo estudos para validação de seus diplomas no Brasil. Fi-lo na convicção de que demoraria muito tempo de estudo. Não seria para aquela turma nem para as próximas. Isso faz coisa de oito anos. Hoje, muita luta depois, ve-se que a coisa andou. Não foi a carta dos meninos, nem a pressão da periferia do Brasil; foi a lógica. Deu a lógica.

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