Velhos ventos, velhos tempos
Hoje, 25 de outubro, deveria ser um dia de intensa alegria no meu coração, afinal de contas estou vivo, faz mais de sessenta anos. A vida, porém, não é tudo. É dádiva de Deus, é o benfazejo sopro da divindade que o bicho homem às vezes desvirtua. Mas, e tudo na vida tem um mas, como toda moeda tem dois lados e a lateral os que separa, nem sempre a alegria pode ser maximizada. Com o peito aos pulos de aflição, assisti na semana passada ao triste espetáculo promovido por uma agente da política, a tentativa solerte de tapar a boca da imprensa ou tê-la sob o controle e o tacão de um Conselho criado por inspiração diabólica, sabe-se bem de quem. Isso, porém, não foi tudo. Duro foi assistir ao espetáculo deprimente de velhos defensores da ditadura, eis que dedos-duros de seus patrões, verberando contra as regras que pretendiam impor à imprensa do Ceará, o que faria de nós, o primeiro Estado brasileiro da era moderna a criar formalmente uma polícia nazi-facista contra a imprensa e um ponta-pé do traseiro da Constituição brasileira. Deu dó ouvir o que ouvi, sabendo que tudo aquilo era da boca pra fora, jogando para uma plateia onde nem todos são santos, muito menos inocentes. Na verdade, lei nenhuma, criada por um regime ditatorial ou por aprendizes de censores, calará não a boca, mas a dignidade de quem tem esta profissão, sob a qual assino meus textos, como uma lanterna de proa, uma luz que alumia o caminho, um trabalho que por si só, acelera o coração do povo com a verdade que nos é obrigada a contar e onde o medo não tem serventia, muito menos rancho pra tirar um soneca.
A frase: “...tem jogador que só reclama do impedimento depois que o árbitro aponta pro centro do campo.” Do cineasta Francis Vale, sobre posições,na sociedade, quanto a criação do Conselho de controle da língua da imprensa.
Observação
Antes que alguém critique a comparação da vida com os lados da moeda, ai no comentário; na verdade a vida e as moedas têm cinco lados, não apenas três. O lado da cara, o lado da coroa, o lado lateral, o lado de dentro e o lado de fora.
• a ordem -
Em Senador Pompeu, conta um moço que faz política lá, a pergunta era: Quanto você quer pra não votar no Tasso? A ordem era “matar” o Galego. Com todo respeito, claro.
• jogo amistosO -
A discussão sobre se Lula é bom, mente ou não é bom e verdadeiro, na Assembléia do Ceará é a coisa mais insossa que os deputados ensaiam. Pura falta do que fazer.
• coloridos
- A tucanagem acha que enchendo o saco do canelau vai conseguir tirar todos os votos do mundo pra botar no Zé Serra. O deputado Fernando Hugo tá certo quando diz: “Morreu Maria Preá”.
• par constante
- Novo amor na cidade. Edson Silva namora Paulo Oliveira que namora Edson Silva. O deputado federal eleito diz que topa ser vice de Oliveira numa chapa pra Prefeitura em 2012.
• namorico
- No mesmo clima, Paulo Oliveira revira os olhos tocado pela mosca e retruca: “Eu é que serei o vice na sua chapa”. Nesse troca-troca, de galanteios, estaria nascendo uma dupla do carvalho!
Super confiança
Chega esta semana aos shoppings (140) de todo o Brasil o material para decoração de Natal. A indústria fornecedora é cliente há anos da Mudanças Confiança, que faz a entrega.
• insistência -
O PT insiste em levar adiante a estupidez cometida pela deputada Raquel Marques com projeto querendo amordaçar a imprensa. O líder do Governo na Assembleia pode perder a boca por isso.
• motivos quais -
O governador Cid Gomes, “a meu (dele) juízo” diz que isso não é leriado pra se discutir aqui, pois só quem pode bulir com a imprensa é a Justiça. O rapaz continua tendo bom senso.
• aliás...
- Já estamos sabendo por inspiração de quem a deputada Raquel inventou esse monstrengo. É coisa do PT nacional com participação da Casa Civil que tá doidinha pra calar quem não se cala.
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