Coluna do blog


Ainda Dilma em Buenos Aires
Olhe, fica difícil traduzir na íntegra a importância da visita da presidenta Dilma Rousseff à Argentina nesta segunda-feira. O diabo é que nós, os jornalistas, somo pagos pra isso, pra fazer o leitor entender razões, contrarrazões, motivos e detalhar isso de forma a que ajude a se formar opiniões, fortalecer comentários, embasar certezas. Dilma viajou para a Argentina ainda sob o luto da colega presidenta Cristina, que recentemente perdeu o marido, o ex-presidente Nestor. Então, não havia motivo pra festas. Descobri isso no calcanhar de Aquiles. As idas e vindas da agenda também passaram por esse lado. Havia pontos polêmicos, como a questão nuclear que de qualquer forma é um rolo na cabeça dos países que se acham palmatória do mundo. Alguém chegou a imaginar a loucura de tirar o assunto da pauta. Poderia dar rolo na agenda. Foi mantido e não deu rolo. Os protocolos foram assinados. Os interesses comuns, de produção, compra e venda, comércio bilateral foram todos tirados de letra. O Brasil, se você quer saber, tem 270 empresas com sede ou filiais produzindo na Argentina. Da Argentina pro Brasil este número é ínfimo, mas de fundamental importância para eles. Commodites são pomos de Adão para as duas partes. Habitação popular botou a Caixa no meio do furacão. E vai por aí. Há, porém, componentes brutalmente fortes que quase passam despercebidos do cidadão comum; o encontro, pedido por Dilma com as Mães e Avós da Praça de Maio. Era uma questão de marcar a vontade do Governo Dilma de tratar direitos humanos sem peias, sem meias palavras, sem concessões. Isso foi forte, muito forte do encontro das duas presidentas que representam as maiores potências da América Latina, dirigidas por mulheres o que também já faz outra diferença. Cristina Kirchner e Dilma Rousseff trocaram bem mais que afagos e sorrisos carinhosos; trocaram fios de esperança para Nações que insistem em crescer, e aparecer.

Aprendendo
A coleguinha aí é ninguém menos que a correspondente do jornal La Nacion, o maior da Argentina, no Brasil. Nos encontramos pra trocar figurinhas. É sempre bom, muito bom ter a Eleonora Gosmann por perto.

• posse na assembleia -
Eleição e posse. A mesa, como previsto, foi toda eleita. De Roberto Cláudio aos suplentes. Uma farra cívica onde não faltou motivação política.

• chapa -
Na apresentação da chapa, feita por Welington Landim a pedido de Roberto Cláudio, Landim foi corajoso e pontual.

• historinha - Welington achou por bem contar alguma coisa sobre a escolha de Cláudio e não dele ou Zezinho Albuquerque.

• crítica -
Não deixou de lado uma crítica velada ao governador e presidente do PSB, Cid Gomes. Entendeu o acúmulo de postos de Cid, mas alfinetou...

• espetada -
...Na condição de presidente estadual do PSB ele (Cid) não deveria se afastar da discussão e da função de árbitro...

• segue -
...Como governador, no entanto, Cid Gomes deveria, por ser o mais politicamente correto, manter-se à distancia do pleito.

Novidades
Roberto Cláudio, eleito e empossado presidente fez um discurso interrompido por duas ou três passagens para engolir em seco e enxugar as lágrimas.

• mudanças -
Propôs mudanças como a criação de um Conselho Especial que auxiliará a administração, o que vai diminuir o tal Conselho de Altos Estudos.

• imprensa -
Respeitar a imprensa e sua liberdade de expressão. E, na Casa, dividir o setor em dois: um para cuidar dos veículos internos, outro para cuidar das relações com a imprensa em geral.

• diálogo -
E disse que vai buscar o diálogo mais próximo ainda com Câmara Municipal de Fortaleza e bancada cearense em Brasília, com vistas à Copa de 2014.

• e agradeceu... -
Aos avós, aos pais que o ensinaram o que é família, aos irmãos e suas famílias que o ensinaram o que é amor fraternal.

• mais um -
Outro agradecimento foi aos colegas, aos 45 deputados que o elegeram e que farão com ele administração da Casa. Não esqueceu o eleitor, que na verdade o fez deputado e agora presidente da AL.

macariob@uol.com.br

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