Secretaria de Justiça implantará também outras medidas, a fim de reestruturar o sistema penitenciário do Ceará, como medida preventiva a fugas
A secretária de Justiça do Estado (Sejus), Mariana Lobo, e o coordenador do Sistema Penitenciário (Cosipe), Bento Laurindo, concederam entrevista coletiva ontem à tarde para falar da situação do sistema carcerário no Estado. Na pauta, a situação dos presídios e medidas para a reestruturação do sistema carcerário. O gancho da entrevista foi a fuga de dez detentos do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO-II), em Itaitinga, ocorrida no último final de semana.
A criação de um sistema de inteligência, além de uma coordenadoria de manutenção e logística e um sistema de triagem dos presos são pontos apontados pela secretária e pelo coordenador do Cosipe dentro de uma série de medidas para a reestruturação. As autoridades ressaltaram que é preciso trabalhar o sistema carcerário cearense como um todo, com medidas preventivas e reativas.
“Quem entende o sistema carcerário sabe que só se previne com um sistema de inteligência”, defendeu Mariana Lobo. A Central de Inteligência tem 15 dias e a secretária estima que, em dois meses, estará funcionando. O coordenador do Cosipe também defendeu a Central . “É de suma importância a criação de um setor assim, porque dará incremento para as boas ações no sistema prisional”.
Vigilância Eletrônica
Sobre a vigilância eletrônica nos presídios, Mariana Lobo disse que hoje existem discussões quanto ao assunto. “Estamos elaborando um estudo. Em São Paulo, o monitoramento é para o preso que sai e é vigiado. Não é para diminuir o sistema carcerário. É preciso ver um monitoramento para garantir que a pessoa tenha liberdade e exista um desafogamento do sistema”.
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