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Aldo Rebelo nega que texto do novo Código Florestal aprovado pela Câmara permita novos desmatamentos

O relator da reforma do Código Florestal na Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), negou hoje (25) que a emenda 164, proposta pelo PMDB e aprovada ontem (24) pelo plenário da Casa após a votação do novo código, permita novos desmatamentos, ocupação de áreas de preservação permanente (APP) ou anistie proprietários que desrespeitaram a legislação ambiental.

Segundo Rebelo, as áreas em APP a serem consolidadas para a agricultura e pecuária terão que ser submetidas a critérios rigorosos. "Em primeiro lugar, a emenda não autoriza, em nenhum artigo, qualquer novo desmatamento. Em segundo lugar, nada está definitivamente consolidado. Toda a consolidação será submetida a critérios rigorosos de regulamentação. Esses critérios levarão em conta a inexistência de risco para os recursos hídricos, para o solo e que garanta a proteção e a qualidade dos recursos hídricos", explicou.

O parlamentar ressaltou ainda que a emenda, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apenas ratifica o que está na Constituição Federal de que União, estados e o Distrito Federal são autorizados a legislar, de forma conjunta, sobre legislação ambiental, sendo que as leis dos estados e do DF não poderão se sobrepor à legislação federal.

"A autonomia aos estados e a restrição a essa autonomia já estão estabelecidos na Constituição e seria inócuo a lei tratar dessa questão porque ela não trataria de forma diferente do que a Constituição estabelece", pontuou.

Em relação à possibilidade da presidente Dilma Rousseff vetar partes do seu relatório, Rebelo destacou que a matéria foi aprovada com ampla maioria, 410 votos favoráveis, o que significa que foi bem recebida por parlamentares de todos os partidos.

"É preciso destacar que o projeto foi aprovado com 410 votos, pela imensa maioria dos deputados e por todos os partidos da Câmara. Creio que o governo não acompanhou e não foi devidamente informado do que estava sendo votado e foi surpreendido pela votação de larga margem de todos os partidos", argumentou Rebelo, acrescentando que a matéria não representou uma vitória dos ruralistas sobre os ambientalistas, mas uma vitória do país.

Depois de aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei de reforma do Código Florestal foi enviado ao Senado. Se os senadores modificarem o texto, a matéria terá que ser submetida à nova votação pelos deputados.

2 comentários:

  1. Caro irmão Macário, paz e parabéns pelo teu blog. O tema é de interesse nacional, contudo, não levado a sério...

    Att.,
    http://wwwteologiavivaeeficaz.blogspot.com/

    Profº Francisco Netto

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  2. Concordo Mestre.
    Por exemplo? Como é que se pode fazer um código florestal no Brasil que tanto vale pro Paraná como pras barrancas do rio Acaraú. Já viu pobre plantando feijão de vazante? Já viu pobre fazendo rocinha de milho na seca? Por aí parceiro. Tão não é levado a sério que não pode existir código florestal que tenha as mesmas barras para Faixinal do Soturno e Uruoca. E muitíssimo obrigado pela postagem inteligente e sóbria. Aliás...já viu o rio Salgado cheio e o rio Salgado seco?
    A inteligencia dos homens consegue que outros homens pensem. Quem sabe...ce sabe.

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