
A Voz do Brasil
Desde que me entendo por gente, a gente chamava a Hora do Brasil, que era o programa mais ouvido pelo rádio em todo o território nacional. Na hora certa, sete da noite, chegava aos mais remotos grotões do país pelos poderosos transmissores da Rádio Nacional e todas as demais emissoras, em cadeia. Seu caráter obrigatório incomodava pouco, dados os índices de audiência. Era tão boa que operador de rádio ligava na cadeia e ia namorar até as oito.
Em Sobral, tinha o Félix, aquele da churrascaria, que ouvia, obrigatoriamente, dizia ele, só pra saber que bóias estavam no mar sem funcionar. O tempo passou e a televisão ocupou muitos espaços. A última vez em que a Voz do Brasil empolgou o país inteiro, no interior e nas grandes cidades, foi durante os sete meses do governo Jânio Quadros, quando o histriônico presidente mandava para o programa, com exclusividade, os seus “bilhetinhos” aos ministros. Anunciava projetos, passava reprimendas e compunha comissões de inquérito. Era obrigatório ouvir, até mais do que transmitir. O Congresso acaba de flexibilizar a Voz do Brasil, mantendo-a obrigatória, mas facultando às emissoras de rádio sua transmissão entre sete e dez da noite. Melhora um pouco o faturamento das empresas, assim como livra o ouvinte de receber em todos os canais, na mesma hora, um programa que certamente não o agrada. Enquanto não criarem a Voz de Brasil obrigatória na televisão, vai tudo bem.
A frase: “Nunca discuta com um idiota, ele te rebaixa ao nível dele e te vence pela experiência.” De um observador da cena.
Queridinho
O novo queridinho da comunidade gay brasileira – quem diria – é o famoso Frei Betto, ex-integrante do governo de Lula, que está publicando artigos que provocam certo alívio nas bibas mais religiosas, dizendo que não é pecado ser gay. Agora, Frei Betto ganhou até capa de um jornal chamado Lado G.
• relatório reservado - O dono da J. Macêdo, Amarílio Macêdo, e o presidente da empresa, o ex-Motorola Enrique Ussher, no cargo há apenas seis meses, estariam enfrentando problemas de sintonia.
• atencioso - Roberto Cláudio foi o atencioso anfitrião do ministro Haddad, quando esteve aqui anteontem. Ficou junto inclusive antes da cidadania de Addad, na inauguração da Unilab.
• no pé do cajueiro - Duquinha falou forte na Assembleia. Fez o terceiro discurso dele em defesa dos cajucultores. Prova que a turma da castanha poderia estar chupando o pedúnculo e não consegue.
• a vez do vice - O vice-governador, Domingos Filho, coordenará pessoalmente, o encontro que discutirá o orçamento participativo do governo do Estado do Ceará.
• no icó - No próximo dia 1º de junho de 2011, das 8 às 14h, no auditório da Faculdade Vale do Salgado, na zona urbana do Icó. É que Cid estará chegando dos EUA neste dia.
Ciro fala
Na próxima segunda-feira, a partir das 9 horas, na Assembleia Legislativa, ele dará palestra sobre o tema “Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas”.
• reformas - Justiça dá 90 dias para o Governo do Estado reformar a Delegacia de Polícia de Quixeré. E se desse 90 dias pro Governo do Estado reformar Quixeré?
• toma lá, dá cá - Na inauguração da Unilab, em Redenção, Cid Gomes foi generoso quando disse ao Reitor: Instale o curso de Medicina, e eu construo o hospital pra servir de base pra escola no Vale do Acarape.
• riqueza - São muito ricos em detalhes os processos contra o prefeito Teixeira, de Senador Pompeu. O pior deles, é o de formação de quadrilha. O que pede o afastamento dele da Viúva é brando, mas é uma peça de exorcismo.
macariob@uol.com.br
www.macariobatista.blogspot.com
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