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Copa 2014 - Atraso é "emergência fabricada", diz Férrer



As obras para a Copa 2014 no Ceará podem estar sendo atrasadas para motivar dispensas de licitação. Esta é a avaliação do deputado Heitor Férrer (PDT), que solicitou audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar do assunto. “O retardo pode ser para que amanhã se faça a emergência fabricada, para se dispensar a licitação pela exiguidade de tempo”, disse ontem o deputado.

Segundo Heitor Férrer, a reforma do Estádio Castelão, feita em Parceria Público-Privada (PPP) pelo governo estadual, é a única obra em execução no Ceará dentre as prometidas para o mundial. “Tirando o Castelão, qual foi o certame licitatório produzido no Estado ou município de Fortaleza para as obras da Copa?”.

Citando um recente levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) segundo o qual 98% dos R$ 23 bilhões de verbas para as subsedes da Copa sairão dos cofres públicos, o parlamentar lembrou que em 2007, quando o Brasil foi escolhido pela Fifa como sede do campeonato, o governo federal alardeou que os gastos seriam cobertos majoritariamente pelo setor privado.

“Quando o Brasil se aventurou para sediar a Copa do Mundo, foi cantado em verso e prosa que o país seria um grande canteiro de obras e que os investimentos privados seriam o principal motor desses investimentos”.

APELO A CID
No ensejo, Fernando Hugo (PSDB) renovou um apelo ao governador Cid Gomes (PSB) que tem sido recorrente nos últimos pronunciamentos do tucano. “Já disse e repito: o governador deve assumir a responsabilidade pelas obras da Copa. Se ele continuar acreditando em Linda Lins, não vai ter Copa aqui. Não há movimentação por parte da Prefeitura”.

Aos autores das cobranças o líder do governo, Antônio Carlos (PT), afirmou que devem ser levadas em conta as burocracias inerentes a muitas intervenções para a Copa, como por exemplo a desapropriação de imóveis.

Na semana passada, a ONU acusou autoridades de várias cidades-sede do campeonato de praticar desalojamentos que poderiam constituir violações dos direitos humanos.

Segundo Antônio Carlos, Cid e Luizianne não permitirão que tais violações ocorram. “Graças à decisão da população e a Deus há nessa condução política pessoas da sensibilidade do governador Cid Gomes e da prefeita de Fortaleza, que apesar das críticas, muitas vezes injustas, tem uma sensibilidade social que não permitirá que nenhuma medida açodada prejudique a população”.

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