Na França, começa cúpula que apoiará as reformas árabes


Os dirigentes dos países do Grupo dos Oito --G8, que reúne as grandes potências mundiais e a Rússia-- começaram nesta quinta-feira a cúpula de dois dias na localidade francesa de Deauville (noroeste), na qual o objetivo principal é apoiar as reformas nos países árabes. O presidente francês e anfitrião do encontro, Nicolas Sarkozy deu às boas-vindas na cidade litorânea da Normandia aos chefes de Estado e de governo participantes: os primeiros-ministros de Japão, Reino Unido, Itália e Canadá, além da chanceler alemã, Angela Merkel.

Os últimos foram os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e Rússia, Dmitri Medvedev, que chegaram caminhando juntos. A reunião, realizada em meio a fortes medidas de segurança, começa com um almoço de trabalho, que repassará a situação da economia mundial, incluindo a crise da eurozona, e os esforços japoneses para superar o acidente nuclear de Fukushima.

Os oito dirigentes, cujos países representam dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e 50 % do comércio, abordarão a fragilidade da recuperação econômica e a crise da dívida da eurozona. Além disso, provavelmente falarão, de maneira informal, sobre a sucessão no FMI (Fundo Monetário Internacional). Antes do início da cúpula, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou que será feito o possível “para que não haja uma moratória” para a Grécia. Também apoiou a candidatura à direção do FMI da ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde.

TEMAS DEBATIDOS
A primeira sessão de trabalho tratará da segurança nuclear, das futuras políticas energéticas e da mudança climática. Merkel exigiu nesta quinta-feira perante o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) elevados padrões internacionais para a segurança das usinas nucleares. Além disso, propôs que o G8 assuma um papel de destaque no uso seguro da energia atômica e uma verificação mundial das centrais existentes e em construção.
Sarkozy iniciou uma sessão sobre mudança climática para que os países como a Alemanha, que estão renunciando à energia nuclear, expliquem como vão cumprir suas metas para reduzir as emissões poluentes. Merkel ressaltou que a Alemanha pretende ser um exemplo mundial na produção ecológica de energia, já que pretende “alcançar de maneira acelerada a era das energias renováveis”.

O jantar desta primeira jornada será dedicado às reformas árabes e abordará a situação em Tunísia, Egito, Líbia, Síria e Iêmen. Merkel declarou nesta quinta-feira perante o Parlamento alemão que espera que a cúpula do G8 adote uma série de ajudas concretas para apoiar esses países árabes. Por sua vez, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse que as ajudas aos países árabes estão condicionadas a reformas e à transição democrática.

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