Tá no Josias

01/10/2011

Cesar Peluso: Juiz deve ser investigado no seu Estado

Presente em todas as atividades, o corporativismo é mais deletério na Justiça, que dispõe da última palavra em matéria de injustiça.

No papel de juiz de si mesmo, o Judiciário costuma operar com a balança desregulada e a espada sem fio.

A criação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2005, trouxe certo lenitivo.

Mal resolvidos nas corregedorias dos tribunais estaduais, processos contra juízes malfeitores passaram a ser içados a Brasília.

Súbito, inaugurou-se uma polêmica incômoda em torno dos poderes do CNJ.

No polo passivo da encrenca, o ministro Cezar Peluso, presidente do STF. No polo ativo, Eliana Calmon, a corregedora do CNJ.

Em entrevista ao repórter Fernando Rodrigues, Peluso esmiuçou sua posição. Para ele, juízes infratores devem ser julgados prioritariamente nos Estados.

Ao CNJ, diz Peluso, cabe zelar para que as corregedorias dos tribunais funcionem. Por quê?

"A tendência é, quando as pessoas percebem que o órgão [CNJ] está suscetível a receber tudo e a processar tudo, tendem a aumentar as denúncias perante o próprio órgão [o CNJ]…”

“…Ao invés de se dirigir às corregedorias locais, aos tribunais locais, vão passar a encaminhar [tudo ao CNJ]."

Peluso esquivou-se de comentar na entrevista as declarações de Eliana Calmon, que o levaram uma divulgar nota de “repúdio”.

Preocupada com o risco de o STF podar os poderes do CNJ, Eliana dissera recear que a providência leve à impunidade de “bandidos que estáo escondidos atrás da toga”.

Convidado pela Comissão de Justiça do Senado para debater o tema com Eliana, Peluso disse que não comparecerá.

Inquirido sobre outro tema, o julgamento do processo do mensalão, o mandachuva do Supremo não assegurou que a coisa vá acontecer no ano que vem. Veja abaixo:


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