A presidente Dilma Roussef chegou nesta terça-feira à Cannes, no sul da França, para participar da reunião de cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), que deve ser marcada pelos debates em torno da crise financeira que afeta sobretudo os EUA e os países da zona do euro.
Segundo a Agência Brasil, Dilma deve destacar que o combate efeitos da turbulência econômica devem ser associados à adoção de políticas inclusivas, de investimentos em geração de emprego e renda e da suspensão de quaisquer ações protecionistas. No discurso durante a cúpula, a presidenta deve ressaltar que o Brasil se dispõe a colaborar na busca por soluções para os impactos da crise e que as medidas não podem afetar a estabilidade global.
O governo brasileiro defende que a crise teve uma origem específica --nos Estados Unidos e depois se expandiu para a Europa-- e não pode contaminar todos os países da mesma forma.
RIO 20 E SÍRIA Dilma pretende ainda mencionar a necessidade de buscar alternativas de desenvolvimento econômico sustentável e que as oportunidades serão debatidas na Conferência Rio 20, no Rio de Janeiro, de 28 de maio a 6 de junho de 2012. O governo brasileiro considera que a Rio 20 será a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde e deverá definir um novo padrão para o setor. Mais de cem presidentes da República e primeiros-ministros estarão presentes.
No entanto, as discussões sobre os impactos da crise econômica mundial ocorrem no momento em que a União Europeia (UE) definiu que vai ajudar os países da zona do euro. Paralelamente, os Estados Unidos adotam medidas para impedir o agravamento da situação no país.
Segundo a Agência Brasil, Dilma deve ainda mencionar a posição do Brasil quanto às violações de direitos humanos cometidas pelo regime do ditador Bashar al Assad na Síria, onde segundo as Nações Unidas mais de 3.000 civis já morreram devido à repressão do governo aos protestos que pedem a saída do mandatário.
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