Os espanhóis vão às urnas neste domingo (20) para escolher um novo primeiro-ministro. Em meio a números alarmantes da economia, eles devem votar na oposição.
Até parece que eles estão em um país tranquilo. O conservador Mariano Rajoy e o socialista Alfredo Rubalcaba passaram a véspera da eleição passeando pelos parques de Madri. Mas, nem mesmo em meio à natureza é possível esquecer que aEspanha tem a maior taxa de desemprego da União Europeia (22,6%) e que praticamente um a cada dois jovens está sem trabalho. Para conseguir dinheiro emprestado, a Espanha paga taxas a 7%, um nível considerado insustentável.
Mariano Rajoy deve ter passeado neste sábado (19) com esses números na cabeça, porque, segundo as pesquisas, ele vai ser o escolhido para tirar a Espanha da crise. O Partido Popular, liderado por Rajoy, deve ganhar com maioria absoluta. Candidato pela terceira vez, ele evitou fazer promessas e diz que não tem uma fórmula mágica, mas fala em criar empregos.
O futuro da Espanha está muito ligado ao futuro do euro, que é a moeda comum de 17 países da União Europeia. Por isso, os espanhóis votam com a consciência de que o próximo líder não vai ter poderes para resolver tudo sozinho. Decisões importantes sobre o país serão tomadas pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu e pelos líderes dos países mais ricos do continente.
Depois das eleições, o barulho maior não virá da oposição, e sim do Movimento dos Indignados. Jovens que não se consideram representados pelos políticos passaram a noite em vigília nas ruas e praças e prometem manter os protestos. Eles querem mostrar que os números desastrosos da economia na Espanha têm cara. E ela é jovem e sem esperança.
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