Um ano sem o Rodolfo

Hoje, 19 hs, na Capela do Hospital Militar os amigos, filhos, viúva, colegas, companheiros do nosso Rodolfo Espínola, assistirão missa em sufrágio de sua alma. Nosso Rodolfo partiu faz um ano. Tive a honra de conviver com ele. Fui editor do Jornal Meio Dia do qual ele era o superintendente. A vida inteira foi um jornalista grave. Até conto uma dele: No Meio Dia, jornal do ex-deputado federal Chagas Neto, um dia chegou um militar cheio de moral sugerindo ao Rodolfo uma coluna diária sobre militares e esses babados todos. Muito educado, Rodolfo descartou a idéia do milico sugerindo ao dito cujo que fricaria dificil para o jornal ter uma coluna diária para cada profissão...O senhor iamgina disse ele ao da farda, a coluna do gary, a coluna do taxista, a coluna do ...e foi citando profissões. O homem bufou e nunca mais voltou.
Eu vou rezar pelo Rodolfo que, num dia, quando houve um grave acidente comigo e eu, numa cama com a perna pra cima, recebi sua visita. Trazia debaixo do braço um calhamaço de recortes de jornais sobre vários assuntos. Encostou a máquina de escrever REmington que estava ao meu lado e sentenciou: escreve as reportagens dessas pesquisas. O Estadão tá me cobrando e eu nunca tenho tempo.
Fi-las. Assinou-as todas em meu nome assim como exigiu o cheque do Estadão no meu nome.

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