Marina Costa / Jornal do Commercio
Segundo
estudo do Banco Credit Suisse, divulgado pelo site do Estadão, os
brasileiros preferem gastar dinheiro com produtos de marca do que
poupar. Em comparação com os outros seis países emergentes analisados
(Rússia, China, Índia, Ind onésia, Egito e Arábia Saudita), o
brasileiro é o que gasta mais com supérfluo. E esta é uma tendência
também dos consumidores de baixa renda.
Entre os entrevistados
no Brasil com renda inferior a US$ 1.000, 62% disseram que estariam
dispostos a comprar roupas ou tênis de grife ao longo deste ano,
percentual maior do que o verificado nos demais países. Já entre os que
ganham mais de US$ 2 mil, 64% afirmaram que comprarão esse tipo de
produto, proporção também superior à verificada na Rússia, China,
Índia, Indonésia, Egito e Arábia Saudita.
Para
o consultor econômico, da Ceplan, Heródoto Moreira, no Brasil, há uma
cultura consumista que se explica historicamente: “alguns países
passaram por guerras e fortes crises e por isso as pessoas criaram o
hábito de poupar. Um exemp lo é o Japão.” Além disso, segundo ele, o
Brasil é fortemente influenciado pela cultura de consumo dos Estados
Unidos.
Em
2008 e 2009, como resposta à crise econômica mundial, o governo
brasileiro estimulou a população a comprar para incrementar a atividade
produtiva no País. O problema, de acordo com Moreira, é que falta
educação financeira no País, o que leva a um consumo não planejado. “O
brasileiro não avalia muito bem o que ele pode consumir para ter uma
melhor qualidade de vida. Assim, muitas vezes, prioriza o supérfluo”,
comentou Moreira que acredita que tudo isso deveria ser ensinado na
escola.
Segundo a pesquisa, os brasileiros poupam cerca de 10% do que ganham, os chineses, 31%.
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