A prefeita e presidente estadual do PT Luizianne Lins declarou ontem que o desempenho em pesquisas não deverá ser o critério preponderante na escolha do candidato petista para a sua sucessão. O deputado federal José Guimarães, vice-presidente nacional do partido, defende o uso de pesquisas para a definição do nome.
“Pode até haver pesquisa, mas ela não pode não pode ser o elemento definidor [para a escolha]. Se dependesse de pesquisa, eu mesma não seria prefeita”, disse Luizianne, em alusão à eleição de 2004, cujas pesquisas iniciais a mostravam atrás do candidato preferido pela direção nacional do PT, Inácio Arruda (PCdoB).
Luizianne liderou ontem à noite reunião das executivas municipal e estadual do PT para formalizar o enxugamento da lista de pré-candidatos do partido.
No fim de semana, o preferido da prefeita, seu articulador político Waldemir Catanho, oficializou que não deseja concorrer. Agora, restam na disputa o secretário municipal de Educação, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena, e o deputado federal Artur Bruno.
Antes do debate interno, Luizianne disse à imprensa, sem citar nomes, que a característica mais importante do futuro candidato deve ser a “capacidade de encarnar o processo político que está em curso” na capital.
Para José Guimarães, essa pessoa seria Camilo Santana, secretário estadual das Cidades e deputado estadual mais votado no Ceará em 2010. “Sinto que o Camilo tem mais condições de unir a aliança e com a grande vantagem de obter com antecipação o apoio do governador Cid Gomes”, disse Guimarães ao jornal O Estado na semana passada.
CANDIDATO GARANTIDO
Luizianne Lins reiterou que o PT terá candidato, independentemente da aprovação do PSB do governador Cid Go.mes e demais partidos aliados. “O PT, em qualquer circunstância, terá candidato próprio, que sairá depois de um processo exaustivo de discussão interna”, a prefeita garantiu. Minutos antes, numa demonstração de discurso afinado, o presidente do PT de Fortaleza, Raimundo Ângelo, declarou que as alternativas discutidas pelo partido são definidos exclusivamente pelos petistas, sem interferência de outras legendas.

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