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Navio se aproximou de Giglio para homenagear tripulante, afirmam jornais

O "Costa Concordia", o cruzeiro que naufragou no mar Tirreno, se aproximou da ilha de Giglio para homenagear seu chefe de garçons, que nasceu no local, e um ex-comandante da companhia Costa Cruzeiro, afirmaram nesta segunda-feira os jornais "Corriere della Sera" e "Il Tirreno".

Naufrágio na Itália deixa mortos

Foto 16 de 54 - Navio de cruzeiro Costa Concordia, que levava mais de 4.000 pessoas, é fotografado após encalhar e tombar na ilha da Isola del Giglio, na Itália, na noite da última sexta-feira (13). De acordo com autoridades, pelo menos seis pessoas morreram, mas somente três corpos foram resgatados Mais Gregorio Borgia/AP
O comandante do "Costa Concordia", Francesco Schettino, detido pelo naufrágio, que deixou até o momento seis mortos, decidiu fazer uma surpresa ao chefe de garçons, Antonello Tievoli, e ao ex-comandante Mario Palombo.

"Vem ver, Antonello, estamos em Giglio", teria dito o comandante ao chefe de garçons, que pensou que era uma brincadeira de Schettino, de acordo com o "Corriere della Sera"

Tievoli, acrescentou o jornal, disse aos moradores de Giglio quando o socorreram: "nunca poderia imaginar que desembarcaria em minha casa" e desde então não quer falar com ninguém, já que se sente culpado por uma tragédia da qual se tornou protagonista sem querer.

No jargão da marinha italiana "inchino", ou "reverência", é a aproximação a um lugar para homenagear, dar um presente a um membro da tripulação.













Segundo o jornal "Il Tirreno", Antonello Tievoli, que trabalha há cinco anos no cruzeiro, ligou para seus pais, que vivem na ilha, para que vissem o navio passar por perto, um gigante do mar de 114 mil toneladas, 291 metros de comprimento, 62 de altura, 11 corredores e capacidade para 3.780 passageiros.

O Concordia, que partiu de Civitavecchia, a 70 quilômetros ao norte de Roma, se chocou contra uma formação rochosa de 20 metros, que provocou um buraco no casco de 70 metros de comprimento.

De acordo com o comandante, as rochas não constavam nas cartas náuticas que possuía. O cruzeiro navegava cerca de 150 metros do litoral de Giglio, conforme as primeiras investigações.

Os jornais indicaram que essa proximidade não era para que os turistas apreciassem a vista noturna da ilha, com as luzes das casas acesas, já que, destacaram, os passageiros não foram avisados em momento algum de que passavam por Giglio.

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