Um novo golpe praticado por quadrilhas especializadas em crimes cibernéticos vem fazendo cada vez mais vítimas. Clientes de programas de fidelidade de empresas aéreas têm visto suas milhas desaparecem das contas como num passe de mágica. A polícia já investiga alguns casos, mas as companhias parecem não se importar com o problema.
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Em novembro do ano passado, a aposentada Andrea Assis* (nome fictício a pedido da vítima, que está contribuindo com as investigações) tomou um susto quando se preparava para emitir uma passagem para Miami no carnaval.
Pelo último extrato dela, a conta de seu programa de fidelidade acusava quase 150 mil pontos – suficiente para ir e voltar em classe executiva e ainda sobrariam algumas milhas. O susto veio quando Andrea foi ao aeroporto e foi informada que possuía apenas 5.000 milhas.
- O atendente não me explicava o motivo da diferença. Depois de quase duas horas de discussão, o supervisor me informou que eu havia emitido trechos cortesia para outra pessoa. Eu nunca retirei passagem para ninguém e ele ainda se recusou a informar qual era o nome da pessoa.
De acordo com o delegado-chefe adjunto da Delegacia de Falsificações e Defraudações de Brasília, José Roberto Soares, o golpe se assemelha a tantos outros que rondam a internet. Quadrilhas montam emails praticamente iguais aos das empresas aéreas, inclusive com logomarca e fotos que enganam aqueles que não prestam uma atenção mais demorada.
O texto também se assemelha aos emails padrões das empresas, mas se diferenciam na hora em que pedem atualizações de cadastro ou uma promoção imperdível. O usuário, então, fornece o nome, o número de cadastro no programa e inclusive a senha. De posse desses dados, os criminosos esvaziam a conta da vítima.
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Em novembro do ano passado, a aposentada Andrea Assis* (nome fictício a pedido da vítima, que está contribuindo com as investigações) tomou um susto quando se preparava para emitir uma passagem para Miami no carnaval.
Pelo último extrato dela, a conta de seu programa de fidelidade acusava quase 150 mil pontos – suficiente para ir e voltar em classe executiva e ainda sobrariam algumas milhas. O susto veio quando Andrea foi ao aeroporto e foi informada que possuía apenas 5.000 milhas.
- O atendente não me explicava o motivo da diferença. Depois de quase duas horas de discussão, o supervisor me informou que eu havia emitido trechos cortesia para outra pessoa. Eu nunca retirei passagem para ninguém e ele ainda se recusou a informar qual era o nome da pessoa.
De acordo com o delegado-chefe adjunto da Delegacia de Falsificações e Defraudações de Brasília, José Roberto Soares, o golpe se assemelha a tantos outros que rondam a internet. Quadrilhas montam emails praticamente iguais aos das empresas aéreas, inclusive com logomarca e fotos que enganam aqueles que não prestam uma atenção mais demorada.
O texto também se assemelha aos emails padrões das empresas, mas se diferenciam na hora em que pedem atualizações de cadastro ou uma promoção imperdível. O usuário, então, fornece o nome, o número de cadastro no programa e inclusive a senha. De posse desses dados, os criminosos esvaziam a conta da vítima.
- Esses criminosos se aproveitam da inocência das vítimas, que erram duas vezes: a primeira porque preenchem questionários com dados pessoais e a segunda porque não conferem regularmente suas contas para verificar o acúmulo das milhas.
A aposentada garante não se lembrar de ter preenchido qualquer email. Procurada pelo R7, a empresa aérea não quis comentar o caso, mas afirmou que a responsabilidade pelo controle das milhas é do cliente.
De acordo com a advogada José Geraldo Tardin, do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), caso o consumidor perceba algum tipo de fraude em sua conta deve procurar a empresa e protocolar um pedido formal para que os pontos sejam restituídos dentro de dez dias. Caso o acordo não seja cumprido, a solução é ir à Justiça.
- É um fato novo e as pessoas precisam saber que a companhia é a responsável por garantir a segurança do programa e pela indenização das vítimas.
Investigação
O delegado José Soares afirma que a maior dificuldade nesse tipo de investigação é ter certeza do criminoso. Segundo ele, como o golpe envolve a internet, a apuração depende da quebra do sigilo do IP (Internet Protocol, número que identifica cada usuário na rede) e o provedor só fornece os dados sob decisão judicial.
- Mas estamos muito próximos do fim. Temos certeza de um alvo, mas não podemos descartar a atuação de outras quadrilhas.
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