"É preciso garantir os direitos dos jovens, reconhecendo-os como agentes de desenvolvimento nuclear no presente, dado seu valor constitutivo, e, no futuro, em virtude de seu caráter estratégico”. Essa é uma das conclusões da publicaçãoGarantias de direitos ou violência: estudo das trajetórias vitais, inserção laboral e habitat dos jovens em uma cidade altamente segregada. O caso de Bogotá.
O livro, lançado em janeiro deste ano por ONU Habitat, Instituto para a Economia Social (Ipes) e Instituto de Participação e Ação Comunal (IDPAC), destaca a situação dos/as jovens entre 14 e 26 anos de idade na cidade de Bogotá, Colômbia.
No âmbito educativo, por exemplo, apesar de alguns avanços, os níveis educacionais em Bogotá ainda não são os ideais. De acordo com o estudo, apenas 39% das pessoas entre 18 e 24 anos frequentam algum tipo de instituição de ensino. No caso de jovens entre 25 e 26 anos, essa porcentagem cai para 20%.
Além disso, a pesquisa mostra as relações entre os níveis educacionais dos pais com os dos filhos. Segundo a publicação, de cada dez jovens cujos pais terminaram o ensino primário, somente três terminam o ensino secundário. Por outro lado, sete de cada dez jovens cujos pais concluíram o ensino superior também possuem nível superior.
"A respeito do sistema educativo, é preciso robustecer os esforços para manter os jovens no colégio até que terminem o secundário, reforçar o desenvolvimento pessoal e a aquisição de competências laborais gerais e específicas, incluindo as relativas ao empreendimento e incrementar as opções de formação técnica, tecnológica e universitária. Para isso, é fundamental estender a cobertura da educação pública e ampliar a oferta de subsídios, bolsas e créditos, incrementando as transferências monetárias aos lares pobres que mantêm seus filhos no colégio”, considera.
O estudo ressalta ainda que a juventude é a parcela da população que possui mais dificuldade no campo trabalhista. Além do desemprego, muitos jovens se submetem a empregos de baixa qualidade por conta da dificuldade em se inserir no mercado de trabalho.
A publicação também destaca que a primeira relação sexual das meninas acontece aos 16,6 anos de idade e que uma de cada cinco jovens entre 15 e 19 anos já ficou grávida pelo menos uma vez. Nesse aspecto, para o estudo, é preciso fortalecer os projetos de educação sexual nas escolas, além de garantir atenção integral e específica para os jovens.
Segundo o estudo, é necessário promover políticas que acabem com a pobreza e a segregação social. "É notavelmente conveniente articular distintas ações, tentando tirar proveito de todas as externalidades positivas. O sistema educativo deve ser a respeito uma fonte de desenvolvimento pessoal e social vital, contribuindo para a aquisição de habilidades de liderança, competências laborais, adoção de práticas vitais (incluídas as sexuais) sãs e disposições para a segurança, convivência e democracia”, afirma.
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