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SE ERA PARA CORTAR, POR QUE APROVARAM?


Por Carlos Chagas
O Brasil continua o país das perplexidades. O governo acaba de cortar 55 bilhões do orçamento para o ano em curso. Ninguém se insurge contra fazer economia, não fossem dois reparos:  não se completaram dois meses desde que o Congresso votou o orçamento e ele foi sancionado pela presidente Dilma. Quer dizer, ela e a equipe econômica aprovaram a previsão de gastos elaborada por deputados e senadores. Vem agora o ministro Guido Mantega e, certamente autorizado pela chefe do governo, passando a  tesoura na lei de meios. Não teria sido muito mais lógico e simples ter alterado o orçamento através de vetos feitos no palácio do Planalto? O desgaste é evidente, para a administração federal.
A segunda crítica surge pior. Cortaram gastos essenciais, inadmissíveis, a começar pela Saúde, reconhecidamente a banda podre do governo, apontada em todas as pesquisas como o ponto fraco do poder público. Sem falar nos cortes na Ciência e Tecnologia, no Meio Ambiente, na Segurança Pública e ate  na Educação. Ainda esta semana a presidente da República afirmou ser a Saúde Pública sua maior preocupação. E agora vai tirar dinheiro de hospitais, postos de saúde, remédios, ampliação do número e melhoria de  vencimentos para  médicos e enfermeiros?
Positivamente, não dá para entender, em especial porque cortes quase não se viu nos recursos destinados a empreiteiras e a  bancos.

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