Contato

Cravadas as primeiras estacas da CSP no Pecém


Um investimento total que vai superar os US$ 5,1 bilhões (mais de R$ 10 bi), gerar milhares de empregos diretos e indiretos, e representará um incremento de 48% no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará. Assim pode ser definida a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que teve as primeiras de suas mais de 30 mil estacas cravadas na manhã de ontem, no terreno que está 60% terraplenado e com algumas obras de infraestrutura implantadas. Na primeira fase do projeto, que deve ser concluída este ano, serão investidos US$ 600 milhões (R$ 1,2 bilhão). Na sequência serão aplicados recursos cada vez maiores na infraestrutura, as obras civis dos galpões, edificações, vias internas e instalações diversas; montagem e testes de equipamentos, e início das operações em setembro de 2015.
Quando a primeira fase estiver concluída, a CSP será capaz de produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano, um produto semiacabado que deverá ser exportado. Isso porque toda a produção da Siderúrgica tem garantia de compra por parte dos próprios investidores, por um período de 15 anos, sendo a Dongkuk Steel: 1 milhão e 600 mil toneladas anuais, Posco: 800 mil e Vale: 600 mil. Na apresentação de ontem, os diretores e sócios da CSP afirmaram que a planta da empresa pode duplicar de tamanho, com a construção de um segundo alto-forno, para atender às demandas do mercado. Com esta expansão, a capacidade produtiva da CSP será de 6 milhões de toneladas de placas de aço por ano.

E o governador Cid Gomes foi enfático ao lembrar que ontem foi dado um passo muito importante na história industrial do Ceará. “O contrato está assinado e, hoje (ontem), iniciamos a cravação das 35 mil estacas que darão sustentação à CSP, diretamente sobre a rocha, a fim de que este empreendimento tenha a solidez para gerar desenvolvimento ao Estado do Ceará. Aqui teremos o maior complexo siderúrgico do Norte e Nordeste do Brasil e, em breve, teremos um grande polo metal mecânico, com influência em toda a América Latina e a África. O grande beneficiado com todo esse trabalho e investimento é o povo cearense”, concluiu. A CSP é o resultado da parceria entre a brasileira Vale (50%) e as coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%), além de primeira usina siderúrgica integrada da região Nordeste.
A solenidade de cravação das estacas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) foi acompanhada por diversas autoridades, civis e militares, representantes de empresas da Coreia do Sul, secretários de Estado e prefeitos. De acordo com o secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele, todo o investimento realizado na CSP é privado, pois o Estado contribuiu sendo indutor, atraindo investimento e realizando as primeiras obras estruturantes como drenagem da área, fornecimento de água e energia. “Essa siderúrgica proporcionará um crescimento muito forte do Ceará. Dispomos de um dos melhores portos do Brasil, o do Pecém, com o menor tempo de viagem para os Estados Unidos e Europa, que não precisa de dragagem e com profundidade média de 18 metros, que permite atracação de navios de grande porte”, explicou.
Ele lembrou, ainda, que muitas interdições já aconteceram, como a aquisição do terreno, licença ambiental, supressão vegetal, terraplenagem, dentre outras. Ontem foi iniciada a parte industrial, propriamente dita. “Esperamos que o cronograma seja cumprido, a fim de que em 2016 estejamos produzindo e exportando para todo o mundo. Nosso porto é fantástico, pois tem muitos fatores positivos e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém já está com todos os serviços à disposição das empresas que queiram ali se instalar, como água, energia, telefonia, estradas e vias férreas. Tudo pronto para as operações. Já as negociações com a montadora que o governador Cid Gomes quer trazer para o Ceará, estão adiantadas, mas ainda não posso dar maiores detalhes”, disse Adail.

Nenhum comentário:

Postar um comentário