O cacete do Carlomano Marques
O deputado Carlomano Marques (PMDB) rompeu com o líder máximo de seu partido, o senador Eunício Oliveira, através de uma correspondência demolidora onde desancou o chefe. Utilizou-se de figuras de retórica mui raras na política local e até nacional. E encaminhou cópias da missiva (é o novo) para seus colegas de partido e a imprensa. Fique pa vontade para comentar.
Amigos(as) parlamentares, quero dar-lhes ciência dos caminhos e veredas em que está caminhando a política de nossa terra:
Sr. Eunício Oliveira,
Registro a minha indignação com a sua atitude burlesca, tonta e mofina. Quero de plano deixar claro que não aceito o ridículo e muito menos ser tratado como fantoche. Espanco para longe a sua admoestação. Não faço pajelança nem me encaixo no tipo de curva que o Sr. Pretende. Não sou cortesã. Não sou seu empregado e muito menos seu meirinho. Não faço parte do seu circo. Nunca beijei o nó da peia e, fique certo, nunca beijarei. Não esperava uma atitude tão traiçoeira; nem sua, e menos do seu blog de aluguel. Não me escravizo à lama da sua urbanidade. Há um delito de opinião. Nestes momentos é que o homem de caráter recorre a si mesmo. Seu movimento é de ação; sua tática é de guerra, mesmo sabendo-se em desvantagem: avançar sempre; recuar jamais!
Ser grande é sustentar uma grande disputa, com chance quase zero de vitória. É a velha estratégia: quem tem mais, perde mais! A dificuldade atrai o homem de caráter na mesma proporção que a facilidade atrai os frágeis. Na guerra existem príncipios, mas poucos; no seu exercício político não consigo identificar nenhum. O cidetismo o cegou: cego cegado pela cegueira dos cegos. Olha, mas não vê; vê, mas não enxerga; enxerga, mas não decodifica.
Não encontro no senhor nenhum traço de respeito aos seus liderados. Não quero seu dinheiro nem preciso dele. Do senhor basta-me a distância. A única melancolia é descobri-lo um pobre homem rico. Apresenta-se como ouro, mas é pirita. Parece linho, mas é chita. Parece um forte, mas é fraco. Dizem que o Sol é um bom detergente, mas a criolina da atitude é mais eficaz.
Deixo, para reflexão, um verso de Jáder de Carvalho: “Na minha terra o cangaceiro é leal e valente: jura que vai matar e mata. Jura que morre por alguém e morre. Se o homem é bom – eu o respeito. Se gosta de mim, morro por ele. Se, porque é forte, entender de humilhar-me, aí, sertão. …”
CARLOMANO MARQUES
Dep. Estadual - PMDB
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