O
quartel do 2º Batalhão da Policia Militar (2º BPM), sediado na cidade
de Juazeiro do Norte, declarou boicote à imprensa regional e não vem
mais repassando os Boletins das Ocorrências, como fazia anteriormente.
Há mais de quatro dias que o envio dos e-mails, contendo os boletins,
foram suspensos e ninguém da corporação quer falar sobre o assunto. A
princípio, circulou uma informação que a decisão teria partido do
secretário de Segurança, coronel Francisco Bezerra, incomodado com as
denúncias de violência no Cariri, que aumenta todos os dias.
O
Cariri, especialmente a cidade de Juazeiro do Norte, vive sua pior fase
no tocante à violência, que, infelizmente, vem aumentando todos os
dias. Além da onda de roubos, arrombamentos e assaltos, os crimes de
homicídios devem ultrapassar a casa dos 100, em 2012, equiparando-se à
cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
“Esconder da população o que vem acontecendo com a violência em
Juazeiro e no Cariri não vai resolver o problema”, declarou o radialista
Francisco Fabiano, na manhã de ontem, no seu programa jornalístico na
rádio Tempo FM. Nas outras emissoras, houve também muitas críticas ao
boicote da PM. No momento a “censura” dos boletins está sendo apenas no
2º BPM.
As
entidades de classes, em Juazeiro do Norte, estão articulando-se para
levar o caso ao Comando Geral da Polícia Militar, na pessoa do coronel
Werisleik Matias, e ao governador Cid Gomes, pedindo mais segurança na
cidade de Juazeiro. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas
(CDL), de Juazeiro do Norte, Michel Araújo, a terra do padre Cícero está
entregue à marginalidade.
“Todos
os dias temos casas comerciais arrombadas, sem falar nos assaltos que
são registrados, diariamente, contra os comerciantes e consumidores”,
afirmou o presidente da CDL, em entrevista, assegurando que vai cobrar
melhores condições, no tocante à segurança para todos os juazeirenses. O
mesmo fato vem sendo cobrado em Crato e Barbalha, cidades que formam o
Triangulo Crajubar. (Roberto Bulhões)
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