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Brasil no caminho certo

Por Pedro Luiz Rodrigues
Nossos dirigentes podem expressar juras de amor  a Cristina Kirchner e a Chávez, mas, felizmente, não seguem em nada a gestão que os dois grandes aliados fazem em termos de gestão econômica.
Nesse âmbito continuamos firmes na trilha da ortodoxia, valorizando a boa gestão macroeconômica, fugindo de trapalhadas como o diabo foge da cruz.
Nosso representante no Fundo Monetário Internacional, Paulo Nogueira Batista Jr., em artigo que publicou sábado no jornal O Globo, examinou com lupa os resultados do modesto crescimento do Brasil no ano passado.
Considerou preocupante o declínio de 4% na formação bruta de capital no ano de 2012 como um todo, mas apontou como positivo o começo de recuperação do investimento do último trimestre do ano.
Para assegurar a manutenção dessa recuperação e acelerá-la inda mais, só há um caminho, o da expansão dos investimentos públicos e privados.
Sua proposta é simples: aumentar os investimentos no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) “e fazer deslanchar o ambicioso programa de concessões, que abrange áreas como estradas, ferrovias, portos, aeroportos, óleo e gás, hidroelétricas e distribuição de energia”
O artigo de Batista Jr. e as posições manifestadas por graduados funcionários do Governo Federal, em Londres -  onde neste final de semana teve lugar o Fórum Brasileiro de Infraestrutura 2013 – mostram que no mundo real, as pessoas que realmente têm responsabilidade pela condução dos destinos do Brasil não dão a menor bola à visão estatizante (e ineficiente) de mundo que têm os cardeais do Partido dos Trabalhadores (PT).

Assim, para assegurar o crescimento que o Brasil tanto almeja, os principais assessores da Presidente Dilma Rousseff não organizam um simpósio bolivariano, nem vão à China entregar tudo de bandeja ao grande novo aliado, mas preferem ir à  City, o centro do capitalismo, apresentar as qualidades do Brasil, de seu povo e de seu governo.
Precisamos de muito investimento se desejamos de fato saltar para novos patamares de desenvolvimento, observaram em Londres a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Este estimou que o Brasil tem de investir 40 bilhões de dólares ao ano, adicionais, nos projetos de infraestrutura, “e, desses, o governo espera que os bancos privados compareçam com até 40%”.
A Ministra Gleisi sabe que  o governo não tem como dar conta de tudo, é preciso atrair o setor privado para o programa de concessões (não podem usar o verbo privatizar).
Se o PT não atrapalhar, o esforço do governo pode vir a render frutos mais cedo do que se poderia prenunciar.

Pedro Rodrigues é diplomata de carreira e jornalista. E meu amigo.

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