A
Herança de Fernando Henrique
Quem
lê, ou quem escreve, mesmo nós jornalistas, sabemos que muitas vezes temos um
mote à mão, mas Enquanto não surgir coisa mais avançada, as pesquisas de
opiniãonem sempre encontramos a fórmula mais direta pra dizer aquilo. Depois
que ouví Aecinho Neves dizer o que disse na conveçõ tucana da semana passada,
fiquei querendo dizer o que vou dizer, mas não achava ofio da meada. Eis que
Marcus Coimbra, o homem do Vox Populi achou o texto e eu, com todo respeito,
não tenho nenhum constrangimento de dizer que era isso o que eu queria dizer; “
Enquanto não surgir coisa mais avançada, as pesquisas de opinião continuarão a
ser a melhor maneira de saber o que pensa a população a respeito das questões
coletivas. Sem elas, ficamos com o que acha cada individuo ou dizem os grupos
mais organizados e loquazes . Os sentimentos e atitudes da maioria permanecem
ignorados. É como se não existissem. Mas as pesquisas estão aí, permitindo que
compreendamos os juízos e as expectativas dos que não se expressam, não mandam
cartas ou postam comentários na internet. Há outras formas de fazê-lo, mas
nenhuma mais confiável. Realizá-las não é extravagância ou privilégio. Sequer
custam tanto que um partido político poderoso, como, por exemplo, o PSDB, não
possa encomendar as suas. Ou que um jornal fique pobre se tiver que contratar
alguma. Por que, então, as oposições brasileiras as usam tão parcimoniosamente?
Por que, se é simples conhecê-la, os partidos e a mídia oposicionista desconsideram
a opinião pública? Tome-se a velha ideia de que as três derrotas sucessivas dos
tucanos para o PT teriam sido causadas pela insuficiente defesa da “herança de
Fernando Henrique”. Sabe-se lá o porquê, é uma hipótese que volta e meia
reaparece, como se fosse uma espécie de verdade profunda e houvesse evidências
que a sustentassem. Nas últimas semanas, ela retornou ao primeiríssimo plano.
Em seu discurso inaugural como presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves
(MG) disse que seu partido se equivocou ao não valorizar o “legado” das duas
administrações de FHC. Em suas palavras: “Erramos por não ter defendido,
juntos, todo o partido, com vigor e convicção, a grande obra realizada pelo
PSDB”. Salvo uma ou outra manifestação de cautela, a mídia conservadora
aplaudiu o pronunciamento. Os “grandes jornais” gostaram de Aécio ter assumido
uma tese com a qual sempre concordaram. Faltava-lhes um paladino e o mineiro se
ofereceu para o posto. E as pessoas comuns, o que pensam desse “legado”? Em
pesquisa recente de âmbito nacional, a Vox Populi tratou do assunto. Ao invés
de subscrever (ou atacar) a tese, apenas identificou o que a população pensa a
respeito. Os entrevistados foram solicitados a avaliar quinze áreas de atuação
do governo Dilma. Depois, a comparar o desempenho de cada uma nos governos dela
e de Lula com o que apresentavam quando Fernando Henrique era presidente. As
avaliações de todas as políticas nos governos petistas são superiores. Em
nenhuma se poderia dizer que, para a população, as coisas estavam melhores no
período tucano. Consideremos algumas: na geração de empregos, 7% dos
entrevistados disseram que FHC atuou melhor, enquanto 75% responderam que Lula
e Dilma o superaram; na habitação, 3% para FHC e 75% para Lula e Dilma; nos
programas para erradicar a pobreza, 4% ficaram com FHC e 73% com os petistas;
na educação, FHC foi defendido por 5% e Lula e Dilma por 63%; na política
econômica, em geral, FHC foi avaliado como melhor por 8% e os petistas por 71%
dos entrevistados. No controle da inflação, FHC teve seu melhor resultado: 10%
acharam que foi melhor que os sucessores, mas 65% responderam que Lula e Dilma
é que agiram ou agem melhor. Na saúde e na segurança, os petistas tiveram as
menores taxas de aprovação, mas mantiveram-se bem à frente do tucano: na
primeira, Lula e Dilma foram considerados melhores por 46% dos entrevistados;
na segurança, por 45%. FHC, por sua vez, por 7% e 6%. No combate à corrupção,
FHC teria atuado melhor que seus sucessores para 8%, enquanto 48% dos
entrevistados afirmaram que Lula e Dilma foram-lhe superiores. Os políticos (e
as empresas jornalísticas) são livres para crer no que quiserem. Enéas Carneiro
era a favor da bomba atômica. Levi Fidelix é obcecado pela ideia de espalhar
aerotrens pelo Brasil. Os partidos de extrema esquerda lutam pelo comunismo. Há
quem queira recriar a velha Arena da ditadura.Ancorar uma campanha presidencial
na “defesa do legado de FHC” é um suicídio político, que nem Serra, nem Alckmin
quiseram praticar. Não foi por não fazê-la que perderam. Seu problema nunca foi
estar distantes demais dos anos FHC, mas de menos. Resta ver como se
comportará, na prática, Aécio. E o que dirão seus apoiadores, quando perceberam
que também ele procurará fazer o possível para se afastar do tal “legado”.
A frase: “Há conselheiros do TCM que engavetam ou colocam a região glútea sobre processos, cujos pareceres são pela desaprovação das contas de apadrinhados (prefeitos, vereadores e gestores públicos) para que não haja o julgamento dentro do prazo de cinco anos, conforme disciplina a legislação federal. A manobra tem o claro objetivo de deixar gestores na impunidade”. Do deputado Heitor Férrer, ao pedir que seja rejeitado o projeto de lei do Tribunal de Contas dos Municípios, regulamentando a prescrição de contas de gestores municipais.
Convite
ao ladrão (Nota da foto)
O
Ceará inteiro se pela de medo com oladrão rondando a gente, arma em punho ou
pulando o muro da casa da gente. A Infraero não sofre dessa síndrome. Botou os
maleiros, onde passageiros pode guardar suas bagagens literalmente no meio da
rua. Como esta coluna flagrou.
Prestes
em livro
Será hoje o lançamento do livro “Meu Companheiro -
40 anos ao lado de Luiz Carlos Prestes”, de Maria Prestes, viúva do “Cavaleiro
da Esperança”. O evento acontecerá no auditório Murilo Aguiar, na Assembleia
Legislativa do Ceará, a partir das 19h.
Pró
refinaria
A
campanha de mobilização da sociedade civil pelo início imediato das obras da
Refinaria Premium do Ceará começou ante-ontem em Sobral.
Zezinho à
frente
O
presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado José Albuquerque, abriu
o ciclo de visitas regionais no Espaço Saturno, do Cento de Convenções de
Sobral.
Todo
mundo junto
A
atividade envolveu representantes do empresariado, do poder público e da
sociedade civil. Outros 11 municípios cearenses serão visitados em junho e
julho.
Ligada ao
SIN
A MPX
Energia anuncia que, em 2 de junho de 2013, a Usina Termelétrica Pecém II, com
capacidade instalada de 360 MW, realizou a primeira sincronização com o Sistema
Interligado Nacional (SIN).
No Pecém
O
empreendimento está localizado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém
(CIPP), na cidade de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. Movida a carvão
mineral, a UTE Pecém II é um empreendimento 100% MPX.
Vem
aí oPAC do Turismo
O governo federal deve anunciar nos
próximos dias o "PAC do Turismo", que terá mais de R$ 680 milhões em
recursos federais para o setor.
Modelo é nosso
O centro de eventos do Ceará , em
Fortaleza, é considerado como modelo em Brasília e será referência no novo
programa de investimentos federais para o turismo.
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