Domingo de Claudo Humberto do nosso Jornal O Estado(CE)
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Dilma terá de
gastar o triplo para
comprar fazenda
A presidenta Dilma autorizou a compra da
Fazenda Buriti, símbolo da briga entre produtores e índios no Mato
Grosso do Sul, mas não dispõe no orçamento sequer de um terço do valor
da propriedade de 15 mil hectares, estimada em R$ 150 milhões. Por
pressão da bancada estadual, o governo incluiu no Orçamento de 2013 a
dotação, insuficiente, de R$ 40 milhões para terras em “situação de
conflito”.
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Morte anunciada
Invadida por índios no dia 15 de maio, a
fazenda Buriti foi palco de conflito que levou à morte o índio Oziel
Gabriel e deixou policiais feridos.
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Negociação
O governo criou comissão com produtores
rurais, índios, a Funai, a AGU e o Ministério da Justiça para negociar a
compra da fazenda.
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Prazo máximo
Segundo o ministro Gilberto Carvalho
(Secretaria-geral), a comissão deverá entregar proposta ao governo e ao
proprietário até 5 de agosto.
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A quem aproveita
Baderneiros sabem muito bem: depredação de
patrimônio público combina com “licitação emergencial”, a velha
jaboticaba brasileira.
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Porto Alegre:
Dilma compra
casa vizinha ao ex
Se o futuro a Deus pertence, Dilma já
garantiu o seu na cidade do coração em caso de “aposentadoria”: uma bela
casa em estilo colonial português avaliada em R$ 5 milhões, no bairro
Tristeza, um dos mais nobres da capital gaúcha. Será vizinha do
ex-marido Carlos Araújo, pai de sua filha, com quem mantém amizade
inabalável e confidente. Mineira, Dilma fez carreira política em Porto
Alegre e adora a cidade.
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Boa troca
Dilma declarou ao Tribunal Superior Eleitoral
três outros apartamentos na capital gaúcha, mas a casa não chega aos
pés, junto ao rio Guaíba.
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Trilha sonora
Para político preso e povo solto: “ah, isso
aqui está bom demais, quem está fora quer entrar, mas quem está dentro
não sai” (Dominguinhos).
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PT, nem pensar
O ex-governador do DF Joaquim Roriz não
descarta aproximação com históricos adversários. "Só não me peça para me
aliar ao PT", disse.
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Avisa lá
Paralisado com os protestos e aparentemente
sem comando, o Brasil lembra a velha piada judaica do patriarca à beira
da morte, cercado por todos os parentes atentos: “E quem está tomando
conta do loja?”
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Custo da ignorância
O Itamaraty ainda calcula prejuízo das
manifestações. Mesa, abajur e pelo menos 62 vidraças, além de pichações e
paredes chamuscadas pela tentativa de incêndio devem custar mais de R$
60 mil ao Erário.
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A caminho da cesta
Os Ministérios do Planejamento e da Justiça
pularam fora da discussão na Câmara, dia 11, sobre o projeto da Lei
Orgânica da Advocacia-Geral da União. O ministro Luís Adams, chefe da
AGU, mandou substituto.
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Destinos cruzados
Enquanto o ministro Fernando Pimentel
(Desenvolvimento) trata de cooperação na Venezuela, chega ao Brasil nos
próximos dias o governador de Miranda e líder da oposição, Henrique
Capriles.
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Asa Delta
A presidente do Tribunal de Justiça do Rio,
Leila Mariano, suspendeu a obra da lâmina superfaturada do anexo 4. A
construtora Lopes Marinho, sucessora da finada Delta, está sem receber
há dois meses.
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Tome tenência, 01!
Os secretários estaduais de Segurança
deveriam parar com a xaropada de “vândalos infiltrados”, exigindo
roteiro prévio de passeatas e identificando in loco os potenciais
agressores, em geral encapuzados.
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Apartidário
O PMDB nacional mandou espalhar bandeiras do
partido e de outros como PT, PSDB, PCdoB e PSOL durante os protestos em
Brasília para testar a reação dos manifestantes. Foram todos refutados.
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Compra de votos
Os líderes do Governo, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), e do PT, José Guimarães (CE), acataram a proposta de Nilson
Leitão (PSDB-MT) para acabar com a figura do cabo eleitoral, caçador de
votos.
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Vozes da rua
Alvo de inevitáveis piadas em meio aos
protestos nas ruas, Dilma ganhou mais uma: “Se a praça é nossa, agora
temos a velha surda.”
- Poder sem pudor
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Homem do diálogo
Ao conversar com amigos, certa vez, o então
governador paranaense Roberto Requião rejeitava a crítica de que não tem
conversado muito com os próprios secretários. Ele fez sua melhor
expressão de seriedade e explicou:
- Antes de tomar qualquer decisão, por exemplo, eu converso com o meu secretário de Segurança Pública...
O ex-governador Requião também era secretário de Segurança do Paraná.
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