Felizmente ainda tem o MP do Ceará

Quadrilha presa acusada de fraude


Sete pessoas foram presas em uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE), em conjunto com a Polícia Civil e a Controladoria de Inteligência da Secretaria de Segurança do Estado (Coin), contra uma quadrilha que tentava fraudar concurso público no Ceará.



O alvo era o concurso para Analista e Técnico do MPCE, realizado na manhã de ontem. O certame foi elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com informações da Operação, os clientes do grupo pagavam até R$ 30 mil pelo resultado das provas.



As investigações, que identificaram a quadrilha, tiveram início após diversas denúncias sobre a ação do grupo. A partir daí, o MP começou a investigar e, na semana passada, ainda, a Polícia conseguiu identificar os suspeitos. De acordo com o promotor Manoel Epaminondas, do MPCE, o concurso não chegou a ser fraudado e, por tanto, não será anulado. Apenas, um dos suspeitos chegou a fazer a prova.

Ainda de acordo com o promotor, além do trabalho investigativo, alguns cuidados foram estendidos à realização do certame. “O edital previa que os candidatos não poderiam ter acesso ao prédio com qualquer equipamento eletrônico.



A organização do concurso, a cargo da Fundação Carlos Chagas, também usou detector de metais. Sabemos que isso causou transtornos para os candidatos, mas foi necessário para garantir a lisura do certame já que o Gaeco conhecia a forma de atuação da quadrilha e detinha informações de que ela agiria no início da manhã do concurso”, explicou.



Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão temporária e busca e apreensão, expedidos pelo juiz da 3a Vara Criminal de Fortaleza, Roberto Facundo. A Polícia encontrou 41 pontos eletrônicos, além de outros materiais. Os aparelhos, segundo o promotor, seriam usados para que os suspeitos repassassem informações às pessoas que realizavam o certame e teriam pagado a quadrilha.



DESORGANIZAÇÃO

Diante da confirmação da ação da quadrilha, o concurso recebeu alguns “cuidados especiais”, o que ocasionou um grande tumulto nos locais de prova. A confusão teve início devido ao recolhimento e entrega dos pertences vedados pelo edital, gerando insatisfação dos candidatos.



A prova, que deveria ter começado às 8h, só iniciou às 8h45, segundo relato de alguns candidatos. Segundo o candidato Robson Pereira, no local, onde realizou as provas, a Polícia foi acionada para conter os ânimos.



Luizianne Freire, estudante de Direito, pelas redes socais, postou fotos mostrando a dificuldade dos candidatos para localizar seus pertences após o término das provas. “Onde está o respeito? Será que isso é clima para fazer uma prova? A Fundação Carlos Chagas devia se organizar primeiro. Absurdo, a prova começou perto de 9h, jogaram nossos pertences em uma caixa e na hora de pegar foi uma baderna”, escreveu Luizianne Freire. Outros criticaram os excessos da organização do concurso, como o recolhimento de chaves, moedas, brincos, alianças e até óculos de grau, ou qualquer objeto metal que disparasse nos detectores.



SAIBA MAIS

O concurso oferece 62 vagas, sendo 58 para técnico ministerial (nível médio) e 4 para analista (superior em Direito ou Ciências da Computação). A primeira etapa ocorre em turnos distintos, de manhã aconteceu para vagas de técnico e nesta tarde para analista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário