A
polêmica envolvendo os professores da rede municipal de Juazeiro do
Norte, há cerca de 550 quilômetros de Fortaleza, e a Câmara Municipal
daquela cidade teve mais um capítulo. A categoria iniciou, ontem, greve por tempo indeterminado, como forma de protesto contra projeto
de lei aprovado pelos vereadores cujo texto reduz a remuneração dos
docentes.
A
lei aprovada permite que a gratificação por regência de classe, que
corresponde a 40% sobre o salário base dos professores – hoje, R$ 783 –
passe a ser de 30%. Os professores, desde então, têm provocado diversas
manifestações, inclusive, no dia da aprovação da lei, dentro da própria
Câmara Municipal, um tumulto cujas proporções quase descambam em
tragédia, se não fosse o esforço dos policiais militares chamados para
conter a categoria.
Falando
ao portal de notícias G1, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores
Municipais de Juazeiro do Norte (Sinsejun), Marcel Alves de Oliveira,
disse que a lei aprovada também elimina outros benefícios dos
professores. “A lei aprovada dá brecha para que o prefeito altere o
plano de cargos e carreiras dos professores por meio de decreto, bem que
seja apreciado pela Câmara Municipal”. Ao todo, mais de dois mil
servidores podem ser atingidos pelas mudanças aprovadas pelos
vereadores, além de cerca de 220 professores.
A
categoria também faz duas críticas ao que dizem ser uma mudança
negativa no plano de cargos e carreiras dos docentes, já que a lei
aprovada também reduz o nível de aumento salarial por tempo de carreira.
“Uma preocupação extra é com os professores que estão afastados das
salas de aula por doença e que agora perdem a gratificação de regência
de classe. Tem professor com redução de R$ 900 no salário”, explica, ao
G1, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores de Juazeiro do Norte.
Reajuste necessário
A Secretária de Educação do município, Célia Viana, disse, também ao
G1, que “nós precisamos fazer um reajuste nessa folha porque, como está,
está sendo impossível pagar. A gente reconhece que, em certa parte,
está atingindo os nossos servidores, mas a precisamos mesmo rever isso”.
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