Paralisações de ônibus provocam transtornos
Em estado de greve desde sábado, 8, o presidente do Sintro afirmou que “está se evitando a greve”, entretanto, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e o prefeito Roberto Cláudio devem voltar à mesa de negociações. “Temos a consciência de que a população é a que mais sofre com as paralisações, mas a nossa categoria vem sofrendo há muito tempo e a única ferramenta de luta que temos são as manifestações”, disse.
Segundo a assessoria do Sindicato, caso a categoria decida pela greve, a população será comunicada 72 horas de antecedência, mas, antes de a greve ser deflagrada é necessária a publicação de um edital convocando uma assembleia entre a categoria, num prazo de 48 horas, no entanto, até o fechamento desta edição, a convocação não foi realizada.
USUÁRIOS E TRÂNSITO
A paralisação no Terminal do Papicu, onde cerca de 150 ônibus pararam, além de causar transtornos e revoltas aos usuários, foi responsável pela formação de um congestionamento nas redondezas. As Avenidas Santos Dumont e Dom Luiz foram diretamente prejudicadas, tendo em vista, as interdições na Santos Dumont em virtude das obras de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo.
A doméstica Francisca Maria, 52 anos, denunciou que por causa da paralisação no Terminal, os motoristas estavam estacionando os ônibus, na Avenida Dom Luiz, tendo os passageiros que se deslocarem a pé até o Terminal. “Estou vindo do Bairro Meireles e estou sem poder voltar para a minha casa que é no Novo Maracanaú. A situação é humilhante”, disse com a voz trêmula e em lágrimas.
Já João Antônio Silva, 41 anos, que esperava o retorno das atividades, há mais de uma hora, afirmou que por conta da paralisação, perdeu o cadastro que iria fazer na Secretaria Executiva Regional II, para trabalhar como vendedor ambulante nas Fans Fests da Copa das Confederações.
“Deveriam comunicar a população sobre as paralisações, ou então, rodar de graça, porque esse movimento não está mexendo nos bolsos dos empresários, mas nos deixando de bobeira nos terminais, quando temos compromisso a cumprir”, criticou. Maria Gorete Alves Batista, 46 anos, doméstica, declarou “não ser contra aos movimentos, mas que os motoristas e trocadores paralisassem de uma vez para que ninguém ficasse na rua de surpresa”.
REIVINDICAÇÕES
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará reivindica aumento salarial de 15%, aumento da cesta básica para R$ 100,00 e R$ 10,00 para vale-refeição. Entretanto, na última mesa de negociações, o Sindiônibus propôs um reajuste de 8% no salário da categoria e o mesmo percentual para a cesta básica, vale-alimentação e auxílio creche.
ROCHANA LYVIAN
rochana@oestadoce.com.br
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