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Teoria de conspiração; estariam dessarrumando 2014?


Paralisações de ônibus provocam transtornos

Milhares de usuários do transporte público de Fortaleza continuam sendo pegos de surpresa com as paralisações feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro), nos terminais da Capital. Na mobilização por melhores condições de trabalho, como aumento salarial de 15%, o sindicato paralisou por duas vezes, o Terminal do Antônio Bezerra, anulando suas atividades de 4 horas às 6 horas e das 9 horas às 11 horas. No período da tarde, o Terminal do Papicu foi, também, alvo das mobilizações, parando suas atividades de 15 horas às 17horas.
Em estado de greve desde sábado, 8, o presidente do Sintro afirmou que “está se evitando a greve”, entretanto, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e o prefeito Roberto Cláudio devem voltar à mesa de negociações. “Temos a consciência de que a população é a que mais sofre com as paralisações, mas a nossa categoria vem sofrendo há muito tempo e a única ferramenta de luta que temos são as manifestações”, disse.
Segundo a assessoria do Sindicato, caso a categoria decida pela greve, a população será comunicada 72 horas de antecedência, mas, antes de a greve ser deflagrada é necessária a publicação de um edital convocando uma assembleia entre a categoria, num prazo de 48 horas, no entanto, até o fechamento desta edição, a convocação não foi realizada.
USUÁRIOS E TRÂNSITO
A paralisação no Terminal do Papicu, onde cerca de 150 ônibus pararam, além de causar transtornos e revoltas aos usuários, foi responsável pela formação de um congestionamento nas redondezas. As Avenidas Santos Dumont e Dom Luiz foram diretamente prejudicadas, tendo em vista, as interdições na Santos Dumont em virtude das obras de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo.

A doméstica Francisca Maria, 52 anos, denunciou que por causa da paralisação no Terminal, os motoristas estavam estacionando os ônibus, na Avenida Dom Luiz, tendo os passageiros que se deslocarem a pé até o Terminal. “Estou vindo do Bairro Meireles e estou sem poder voltar para a minha casa que é no Novo Maracanaú. A situação é humilhante”, disse com a voz trêmula e em lágrimas.
Já João Antônio Silva, 41 anos, que esperava o retorno das atividades, há mais de uma hora, afirmou que por conta da paralisação, perdeu o cadastro que iria fazer na Secretaria Executiva Regional II, para trabalhar como vendedor ambulante nas Fans Fests da Copa das Confederações.
“Deveriam comunicar a população sobre as paralisações, ou então, rodar de graça, porque esse movimento não está mexendo nos bolsos dos empresários, mas nos deixando de bobeira nos terminais, quando temos compromisso a cumprir”, criticou. Maria Gorete Alves Batista, 46 anos, doméstica, declarou “não ser contra aos movimentos, mas que os motoristas e trocadores paralisassem de uma vez para que ninguém ficasse na rua de surpresa”.
REIVINDICAÇÕES
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará reivindica aumento salarial de 15%, aumento da cesta básica para R$ 100,00 e R$ 10,00 para vale-refeição. Entretanto, na última mesa de negociações, o Sindiônibus propôs um reajuste de 8% no salário da categoria e o mesmo percentual para a cesta básica, vale-alimentação e auxílio creche.

ROCHANA LYVIAN
rochana@oestadoce.com.br

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