Lido e relido
Valho-me da prestimosidade da
querida Adísia Sá para repercutir uma nota desta coluna. Ao mesmo tempo,
valho-me de sua anuência, não pedida, para levar ao leitor destas mal traçadas
e humildes linhas, seu comentário e sua,dela, leitura credenciada. Veja o que
Adísia opinou no jornal O Povo: artigo
16/07/2013
Bandidos
aos 16
Macário
Batista, na sua coluna – no O Estado –, dia 13 de junho, trouxe uma informação
merecedora de análises, discussão: “Bandido aos 16. A Confederação Nacional
do Transporte (CNT) divulgou uma pesquisa onde revela que a redução da
maioridade penal é aprovada por 92,7% da população brasileira. Pela pesquisa, a
ideia seria que a maioridade penal passasse de 18 para 16 anos. O documento
aponta ainda que 69,1% dos brasileiros acreditam que os crimes cometidos por
menores de idade aumentaram muito nos últimos anos.” Infelizmente isso é
verdadeiro: rara a notícia sobre crimes – assaltos, assassinatos – que não
traga a presença de menores. Acredito até que exista a “indústria da
menoridade”, ou seja, qualquer gangue, quadrilha tem sempre um menor no meio. E
não é coincidência, não, é de propósito: flagrado o delito, o dedo é logo
apontado – “foi ele” e o “foi ele” é um menor de idade. Já li na imprensa local
que o menor – assaltante, ladrão, criminoso – chegado à Delegacia se apresenta
logo “sou de menor” e, como tal, é liberado. Sai rindo... O tema já chegou ao
Congresso Nacional: atualmente três propostas sobre a maioridade penal precisam
se aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A maioridade, no
meu entender, não deve ser limitada à idade: quantos adolescentes não são
flagrados como assassinos, ladrões, bandidos da pior espécie?A maioridade, isto
sim, deve levar em consideração a natureza do delito. Crime frio,
meticulosamente tramado não é sinônimo de imaturidade e, sim, de ardilosa e
astuciosa “maioridade”. O que precisa ser analisado é o histórico desse menor:
sua formação familiar, localização de sua moradia, companheiros de rua, de
escola. Sem faltar, faço questão de dizer, o laudo de psicólogos. Saindo do
teórico, tomemos como metáfora: quando alguém aponta um dedo para outrem,
quatro ficam em sua direção. Ou seja: “aquele é o bandido”. E a sociedade é o
quê? Sociedade, repito, lato senso – família, escola, companhia...Mas voltemos
ao ponto inicial do comentário: a redução da maioridade penal, mesmo aprovada
por 92,7% da população brasileira, será suficiente para diminuir a
criminalidade no seio do garoto, do adolescente, do jovem? Quando eu emprego
“garoto”, não estou me restringindo ao sexo masculino, mas o menor: meninos e
meninas. Sim, meninas. O noticiário policial traz, também, meninas como membro
de gangues e grupos assaltantes e criminosos. Meninos e meninas soltos na rua?
De pais separados? De famílias desagregadas? Gerações perdidas? O tema não deve
ficar na informação dada por Macário Batista, ou seja, bandido aos 16 anos e
redução da maioridade penal, não: precisa ser levada à sala de aula, às
redações, aos gabinetes de juízes. Adísia Sá - adisiasa@gmail.com –
Jornalista.
A frase: “Não faz muito tempo, conforme o local, colocava-se um
manifestante nas ruas por R$ 30,00, lanche incluído. Agora, os manifestantes
cobraram R$ 70,00, fora a condução. Quem pode dizer que não há inflação?” De um
observador da cena.
Tá
nojento (Nota da foto)
Numa
sociedade onde já não se lê, ninguem fala coisa-com-coisa, à mesa todos chega a
esquecer os vizinhos para tuitarem ou coisa parecida, não se pode esperar mais
diálogo nem troca de idéias. Com isso vamos vivendo uma época nova e cheia de
futuro; a geração de estúpidez de carteirinha, quer dizer, de maquininhas à
mão.
Berlinda
Mesmo
sabendo que o Secretário de Segurança do Ceará irá à Assembléia do Estado
prestar contas da pasta, deputados adversários insistem em apresentar
convocação do dito cujo para a Casa. Teatro puro.
No
estaleiro
Carlomano
Marques, deputado estadual do PMDB, pediu licença de 60 dias na Assembléia do
Estado para tratamento de saúde. Aprovada a licença em plenário.
Alerta
vermelho
Tá no
relatório da ABIN que acerderam todas as luzes vermelhas sobre manifestações
das ruas, no Rio de Janeiro, quando da visita do Papa Francisco ao Brasil.
Taxistas, no Rio, dizem assim: Serão 300 mil aplaudindo o Papa, outro tanto
protestando. Nada contra o Papa, só carona no povão.
Avaliação
Alexandre,
O Imperador das Tapiocas, madrugador vendedor de lanches, visitante diarista do
programa do Paulo Oliveira fala como povo: Essa gente que vive matando as
pessoas nas ruas não merece ajuda. Ele fazia referencia ao bandidos que mataram
o Padre Elvis que se doava em prol de jovens de rua. – A gente tem que ajudar
pessoas de bem,finalizou sua filosofia vinda das ruas, distantes da
universidade.
Virou
moda
A juíza
substituta Cláudia Waleska Mattos Mascarenhas, da Vara Única da Comarca de Marco, a 235 km de Fortaleza, proibiu
a permanência de crianças e adolescentes (até 16 anos), desacompanhados dos
pais ou responsáveis, em festas de rua, clubes, boates e qualquer outro local
que promova eventos dançantes.
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