“O
custeio, que é o tanto que se gasta para manter todos os 39 ministérios
funcionando, é de R$ 611 bilhões num orçamento de R$ 2 trilhões que,
aparentemente, não dá para tudo. Que sentido faz? Os próprios ministros
reclamam que não despacham com a Presidente, nossa executiva do País.
Como assim? A condutora do processo não trata com quem delega a
realização daquilo que imaginou ser bom para o País?”. O
questionamento é do presidente do PSDB-Fortaleza, Tomás Figueiredo
Filho, sobre proposta de redução de ministérios descartada, ontem, pela ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Para o tucano, “é bom nossa Presidente parar e olhar ao seu redor e enxergar que do jeito que está não funciona”.
Assim
como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Tomás Figueiredo Filho defende a
redução de gastos federais por meio do corte dos atuais 39 ministérios e
de cargos públicos sem concurso. “Não
é preciso ser formado em Administração Pública ou de empresas, nem MBA
em Administração para perceber que é impossível administrar tendo 39
"diretores" subordinados diretamente a um executivo. Além de atrapalhar a
eficiência do Estado brasileiro esse gigante número de ministérios – só
perdemos para a Índia com seus 51 ministros – sai caro, muito caro.
Quanto mais caro eles custam, menos dinheiro temos para a atividade fim,
ou seja, hospitais, médicos, enfermeiros, escolas, salários de
professores etc.”
Gestão em números
O
PSDB há anos critica o gigantismo da máquina pública e os gastos
excessivos da estrutura governamental, que possui 984.330 servidores,
com custo anual de R$ 192,8 bilhões. O custeio de todas as pastas – sem
considerar investimentos – é de R$ 611 bilhões. O número de pessoas com
cargo comissionado é recorde: 22.417, com média salarial de R$ 13,4 mil, de acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal, elaborado pelo Ministério do Planejamento.
Segundo
a ONG Contas Abertas, apesar da enorme estrutura, dados sobre a
execução orçamentária em áreas essenciais revelam baixos índices de investimentos nos últimos
dez anos da gestão petista. De cada R$ 100 de investimento previsto e
aprovado pelo Congresso para cada área, o governo só gastou R$ 39 na
Saúde, R$ 49 em Saneamento, R$ 61 em Transportes e R$ 60,5 em Educação.
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