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Só para a França...?
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Gregorio Vivanco Lopes (*)
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Recebemos
há pouco um e-mail da França, enviado por uma conhecida e benemérita
associação que batalha nas terras de São Luis IX e de Santa Joana d’Arc
pelos princípios da civilização cristã e que está no momento empenhada
numa louvável campanha. Seu nome: Avenir de la Culture.
Traduzimos aqui os tópicos principais de seu e-mail.
“A ideologia de gênero desembarca em roupas infantis nas escolas primárias.
“A
lei Peillon [Vincent Peillon é o ministro da Educação] quer fazer crer a
nossos filhos, a partir de seis anos, que depende de cada um decidir se
ele é menino ou menina.
“Para
os militantes da teoria do gênero, os pais são os inimigos que cumpre
abater, pois as diferenças entre homens e mulheres são ‘construídas e
socialmente reconstruídas’ pela célula familiar”.
Avenir de la Culture convoca então o público para uma campanha de protestos:
“...
contra o desembarque da ‘teoria do gênero’ nas escolas primárias, sem
debate e contra o direito dos pais de educar seus filhos em conformidade
com a doutrina cristã e a Lei natural.
“Seja-me permitido – prossegue Avenir
– explanar um pouco mais sobre esta teoria e o modo pelo qual ela já
está sendo ensinada nos manuais escolares utilizados nas aulas do curso
elementar. Nada é mais obsceno, nada é mais perverso:
“—
nega-se a realidade física do sexo masculino ou feminino e pretende-se
que a identidade sexual não é senão uma construção pessoal e mutável;
“— a masturbação é encorajada e a sexualidade não deve ter outro objetivo senão a busca do prazer, desconectado da procriação;
“— a maternidade seria o primeiro dos estereótipos sociais!
“Como se vê, é a negação da moral, seja ela natural ou cristã.
“É urgente reagir. Os militantes da teoria do gênero querem destruir toda regra moral e impor seus dogmas a nossos filhos.
“E,
em lugar de nos apoiar, os políticos torpedeiam todos os nossos
esforços. Influenciando assim as nossas crianças, eles torpedeiam o
futuro do nosso país.
“O que restará de nossa herança cristã quando tudo estiver destruído no coração de nossos filhos?”
* * *
E o pungente e-mail termina com um apelo aos franceses para que protestem e provoquem um clamor indignado (provoquer un tollé !).
Será que isso não se aplica também ao Brasil? Pense um pouco, leitor.
(*) Gregorio Vivanco Lopes é Advogado, escritor e colaborador da ABIM.
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