
A
presidente chamou para a reunião cerca de 30 deputados do PT. De acordo
com o líder da legenda, Dilma pediu que a bancada ajude na
"recomposição da base e no diálogo com os partidos, especialmente com o
PMDB". "As últimas votações [na Câmara] mostram a base desafinada",
disse Guimarães, acrescentando: "O PMDB integra nossa aliança e é
fundamental a gente afinar a viola".
Os
pedidos de Dilma foram os seguintes: recompor a base e garantir a
governabilidade, impedindo a aprovação de projetos que comprometam o
rigor fiscal que o momento impõe, além de manter um diálogo permanente
com a sociedade. Segundo Guimarães, o PT está "unido" e os parlamentares
foram ao Planalto dizer que apoiarão "até debaixo d'água" a presidente,
que foi aplaudida pelos deputados ao fim do encontro.
"Ela
[Dilma] disse: 'estou absolutamente segura'. A presidente está nas
nuvens", relatou o líder petista, assegurando que o partido não está
preocupado com a queda de 27% na popularidade da presidente, apontada
por pesquisa Datafolha. "Vamos mostrar tudo o que fizemos de bom neste
país e evidentemente que, com tudo isso, a popularidade da presidenta
aumenta. Não estamos preocupados com popularidade porque caiu a
presidenta e caiu todo mundo, governadores, por exemplo", disse o líder.
Plebiscito
De
acordo com Guimarães, no encontro, os parlamentares manifestaram apoio
ao plebiscito sobre a reforma política, proposto pelo governo federal ao
Congresso Nacional. Sobre a possibilidade de aprovação das regras do
plebiscito para valer já nas próximas eleições (2014), José Guimarães
disse que esta é a posição do governo. Sobre as chances de votação da
proposta na Câmara a tempo de o plebiscito ser realizado para valer no
pleito do próximo ano, Guimarães disse que “quando se quer, se faz”.
O
líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), no entanto,
demonstrou preocupação com o curto espaço de tempo para o plebiscito. “O
fato de o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] ter definido 70 dias [como
prazo mínimo] praticamente tira as chances. Agora, a orientação do
governo é que 'o praticamente' não é totalmente, e vamos trabalhar para
ver se dá tempo", disse Chinaglia, ao deixar a reunião.
Lula
Assim como o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) já havia feito (leia mais),
Guimarães rejeitou o "volta Lula". "Nós firmamos a posição com a
presidenta: é a presidenta quem vai liderar esse processo de mudança por
dentro, de a
primoramento das políticas públicas. Não tem esse negócio de 'volta
Lula'. A bancada está toda solidária e vai exercer maior protagonismo na
discussão das políticas públicas que são enviadas pelo nosso governo",
disse Guimarães.
Com Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário