Jovens protestam por políticas públicas
Na mobilização, 15 projetos da cidade de Fortaleza que trabalham com crianças e adolescentes de situação de rua, participaram, por meio de apresentações artísticas e culturais, como oficinas de circo e capoeira. Com cartazes nas mãos, os adolescentes reivindicaram e pediram por melhorias nos serviços públicos, como na educação, saúde, cultura e moradia, para além do tema central do enfrentamento de rua.
Manuel Torquato, um dos organizadores do manifesto, ressaltou que, no Brasil, não tem nenhuma política específica para essa população, nem estudos oficiais, para que sirvam para diagnosticar o perfil, a quantidade, e os elementos do fenômeno para agir de maneira qualificada. “O dia de protesto foi motivado para que haja mudanças, tanto nas políticas públicas em nível nacional, como local, para atender os anseios das crianças e adolescentes que sobrevivem nas ruas”, realçou Torquato, informando que além das 15 capitais brasileiras, organizações em Londres, também se manifestaram.
Thiago Pereira da Silva, 17 anos, morou por quatro anos, na Organização Não Governamental (ONG), O Pequeno Nazareno, e assegurou que a Instituição foi responsável por melhorias na sua qualidade de vida. “Hoje eu estudo, trabalho, faço cursos e moro com minha família. A Ong me acompanha, se eles não forem lá, de um jeito ou de outro, a coisa desanda”, disse.
Dário Santos da Silva, 15 anos, que também é assistido pela Ong Pequeno Nazareno, afirmou que a instituição passou, pelo menos, um ano tentando tirá-lo da rua. “Muitas coisas ruins aconteceram comigo, quando era morador de rua. Para sobreviver, vendia bombons”, afirmou. O adolescente assegurou que, hoje, mora sozinho, em uma residência, no Itapery, com a ajuda da Organização.
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